200 mil óbitos por causa da Covid-19

Hoje o País atinge uma triste marca. Passados 11 meses da confirmação do primeiro caso de Covid-19, o Brasil registra 200 mil mortes pela doença. São 200 mil famílias que sofrem pela falta de seus entes queridos, um número incontável de pessoas que estão em luto por amigos e colegas. Entre as vítimas, estão também profissionais de saúde que desde o início da pandemia não pouparam esforços para atender pacientes contaminados pelo novo coronavírus.

No início da pandemia, havia falta de informação sobre esse novo agente infeccioso, os equipamentos de proteção individual eram escassos e as dificuldades para  atendimento eram expressivas. Desde os primeiros casos registrados no País, muita coisa mudou. O conhecimento sobre a doença aumentou, o número de leitos para atendimento foi ampliado.

O SUS mostrou o quanto é importante para sua população. Depois das dificuldades iniciais em virtude da grande demanda no cenário internacional, conseguiu prover centros de atendimento e capacitar profissionais para uma nova forma de atuação.

Os desafios, no entanto, ainda são inúmeros. Em vários pontos do País, serviços voltam a apresentar dificuldades para dar atendimento ao crescente número de infectados. Um fenômeno que deixa clara a necessidade de manter todos os cuidados para prevenção, como uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social.

Nesta quinta, o Brasil recebe a notícia de estudos que apontam alto poder de proteção da vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Estamos às vésperas de uma iniciativa para vacinar grupos mais vulneráveis à doença. Há, no entanto, muito trabalho pela frente. Precisamos estar atentos a todas as providências para aquisição de insumos essenciais ao sucesso da iniciativa, com seringas e agulhas. Neste momento, há um estoque suficiente para atender as demandas da primeira fase da iniciativa. É essencial, porém, que uma compra nacional, pelo Ministério da Saúde, seja realizada em quantidades que garantam a vacinação contra Covid-19 e a reposição de estoques que necessitaram ser remanejados.

A melhor forma de honrar as pessoas que perderam a vida em virtude da doença é trabalhar de forma incansável, com dedicação e competência para reduzir a tendência de aumento de casos, garantir o mais rapidamente possível a imunização de toda a população. Cuidar da vida em todas as suas dimensões será a melhor resposta.

Carlos Lula
Presidente do Conass

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