Farmacêutica do HEA: “Cuidado com automedicação para Covid-19”

O novo coronavírus está provocando mudanças significativas no comportamento das pessoas em todo o planeta. Isso inclui também a automedicação e o uso de alguns analgésicos e anti-inflamatórios para combater febre e sintomas de gripes e resfriados.

Mas, a farmacêutica Ana Renata Leandro, do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, cita como exemplo os medicamentos como o ibuprofeno e a cortisona, que podem agravar o quadro de saúde do paciente e prejudicar o diagnóstico precoce da doença. “Além disso, existem medicamentos que apresentam, na maioria dos casos, reações adversas, que podem provocar danos irreparáveis à saúde da pessoa”, ressalta.

Ela explica que o tratamento para aliviar os sintomas, seja para uma gripe ou outras enfermidades, deve ser feito sob a orientação de um profissional de saúde especializado, no caso de um médico ou farmacêutico. Ana Renata Leandro salienta que o novo coronavírus é uma doença recente para todo mundo e que os estudos e pesquisas sobre o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina estão em andamento.

“Esses medicamentos são utilizados há muitos anos para o tratamento de pacientes com malária, artrite e lúpus e suas indicações para pacientes com a Covid-19 somente poderão ser recomendadas por especialistas médicos”, acrescenta a farmacêutica do HEA, citando a Portaria 344, do Ministério da Saúde, que ordena a compra somente por meio de receituário médico, para que as pessoas que já fazem uso desses fármacos não sejam prejudicadas com a falta do produto.

“O momento é de muito cuidados e cautela. As pessoas devem seguir em quarentena nas suas casas, principalmente os idosos. Caso apareçam sintomas como febre e resfriados, o recomendado é usar paracetamol e dipirona. E se os sintomas persistirem por mais tempo, o aconselhável é procurar o serviço de epidemiologia de sua cidade”, reforça a farmacêutica do HE do Agreste.

Repórter: Davi Salsa

Repórteres Fotográficos: Carla Cleto e Davi Salsa