Campanha foca na prevenção da tuberculose no sistema prisional

Na reunião da Comissão Intergestores Tripartite desta quinta-feira (05), a representante do Ministério da Justiça, Mara Barreto, apresentou aos gestores de saúde, as ações da Campanha de comunicação e educação em saúde com foco em tuberculose nas prisões. Capitaneada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) ligado ao Ministério Extraordinário da Segurança Pública e Fundação Oswaldo Cruz, a campanha será lançada no próximo dia 6 de junho na Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro.

O objetivo da iniciativa segundo explicou é dar visibilidade para as questões de tuberculose no sistema prisional, sensibilizar para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno e diminuir o estigma e preconceito relacionados a doença.

Ela explicou que a tuberculose ainda é um problema de saúde mundial, tendo a Organização Mundial de Saúde (OMS), indicado uma estratégia global para enfrentamento da doença com objetivo de erradica-la. “Pelo Ministério da Saúde foi criado um plano nacional pela eliminação da tuberculose reduzindo o coeficiente da doença e da mortalidade até o ano de 2035, então nesse contexto então foi criada a campanha para o sistema prisional”, observou.

Barreto ressaltou que as unidades prisionais têm problemas de superlotação em ambientes de confinamento que não têm as adequações necessárias de ventilação cruzada, de iluminação direta, muitas vezes com dificuldade de acesso ao próprio serviço de saúde. “Temos um ambiente que acaba sendo propício para propagação da tuberculose, por isso preocupados com esse assunto, tanto por parte do Ministério da Saúde, quanto por parte do DEPEN, resolvemos fazer essa pactuação utilizando toda a expertise da Fiocruz para realizar esta campanha nacional”.

Os materiais da campanha foram construídos a partir de realização de grupos focais com a comunidade carcerária (presos e familiares, profissionais de saúde e segurança) e visitas técnicas a unidades prisionais do país. Ao todo, 75 unidades prisionais (UP) receberão intervenções de educação em saúde e apoio institucional para organização rede de atenção e as demais UP país receberão kit e instrutivo para entrega e organização serviços. Além das atividades com as pessoas privadas de liberdade também serão realizadas atividades com os familiares e com profissionais de segurança e de saúde.

Confira a apresentação.