Exercício aeróbico reduz intensidade da enxaqueca

Um estudo de pesquisadores do Instituto de Psicologia Médica, na Alemanha, comprovou a tese de que a atividade aeróbica diminui os sintomas da enxaqueca e reduz a frequência das dores. Oito pacientes com o problema fizeram exercícios semanais por dez semanas. Outro grupo também de oito pacientes com enxaqueca não se exercitou. Os pesquisadores observaram que, enquanto o grupo que não se exercitou continuou sofrendo uma média de quatro enxaquecas por mês. O grupo que se exercitou diminuiu as ocorrências pela metade. A enxaqueca é muito comum em toda a população.

A dona de casa Adriana Ribeiro sofre com as dores constantemente. Adriana conta que quando está com crise sente enjoos e não consegue ficar em lugar com luz e barulho. “Ao contrário do que as pessoas pensam tem gente que acha que enxaqueca é uma dor de cabeça normal, não é. Quando você tem uma crise de enxaqueca é uma dor tão forte que você sente, que você pensa minha cabeça vai explodir porque é terrível é, uma dor terrível. Você não consegue raciocinar, a gente não consegue se concentrar para fazer nada porque a dor é muito forte, muito forte mesmo.”

O neurologista do Grupo Hospitalar Conceição, no Rio Grande do Sul, vinculado ao Ministério da Saúde, Rodrigo Targa, explica que a enxaqueca pode ter origem genética, mas alimentação irregular, estresse e questões hormonais também aumentam a chances da pessoa sentir dor. Segundo o especialista, um dos melhores remédios naturais contra a doença é a prática de atividade física. “O exercício, por exemplo, que tem mais relação com a melhora de doença são aqueles que têm uma característica mais de exercício aeróbico, de caminhada, de bicicleta, exercício que a pessoa faz durante um período com uma intensidade relativamente média ou baixa e não exercício para ganhar massa muscular que seria com uma intensidade alta com um tempo curto.”

O neurologista Rodrigo Targa aconselha evitar a automedicação, já que a recorrência das dores faz com que os remédios viciem e possam causar a dor crônica, muito mais difícil de ser tratada.

Fonte: Hortência Guedes / Web Rádio Saúde