Inovação tecnológica no SUS é tema de conferência em Natal/RN

Ciente da importância dos gestores estaduais de saúde nas discussões sobre inovação tecnológica no SUS, o professor e coordenador do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (URFN), Cipriano Maia, esteve hoje, acompanhado de sua equipe, na sede do Conass em Brasília para convidar os secretários estaduais de saúde para a 2ª Conferência Internacional de Inovação em Saúde a ser realizada em Natal/RN entre 30 de outubro e 1º de novembro.

Segundo observou o professor, o encontro terá a participação de inúmeras universidades internacionais e é fundamental que os gestores dominem esse processo, conhecendo as inovações tecnológicas e vendo as possibilidades de utilização no processo de gestão do sistema de saúde. “É importante a participação dos secretários porque os sistemas de saúde têm de lidar com a tecnologia já que ela é parte do nosso dia a dia enquanto gestor, seja na formação, na vigilância, na organização ou em todas as áreas dos sistemas de saúde”.

Maia ressaltou ainda que a conferência possibilitará tanto a troca de experiências quanto a apresentação de trabalhos e objetos de mestrado, doutorado e de experiências internacionais. Ainda de acordo com o professor, o evento tem um público-alvo diversificado: estudantes, profissionais de saúde, pessoas interessadas na inovação tecnológica, tanto voltadas para o ensino de saúde tanto para a educação profissional. “É um evento que reunirá especialistas da área com vistas a debater o tema e ver como as tecnologias e as inovações podem contribuir com os sistemas de saúde”, concluiu.

Sobre a Conferência 

Informações do site oficial

A 2ª Conferência Internacional de Inovação em Saúde terá como tema principal “A importância da Inovação Tecnológica em Saúde para os países em desenvolvimento” e reforçará o foco do LAIS, promover pesquisas aplicadas e de alto impacto social que sejam de interesse de gestores e pesquisadores, do Brasil e do mundo, dedicados às políticas públicas de saúde e ao fortalecimento da saúde global.

É consenso que a inovação tecnológica é um meio efetivo para a consolidação da resposta em saúde dos países, pois contribui para a melhoria da qualidade dos sistemas de saúde por meio do fortalecimento das ações e processos de promoções, prevenção, proteção e recuperação da saúde.  Dessa forma, reduzem-se os custos para os sistemas no atual contexto da saúde global.

Para além de sua reconhecida dimensão social e de cidadania, a saúde também constitui área estratégica para o desenvolvimento econômico e a transformação produtiva. No Brasil, a saúde representa demanda nacional de 10% do PIB, ocupa o 8º lugar no Mercado Mundial, emprega 1/3 dos trabalhadores qualificados do país e representa 35% do esforço nacional de P&D (área de maior crescimento do esforço de inovação). Além disso, ela abrange plataformas tecnológicas estratégicas para o futuro do país, como biotecnologia, química fina, equipamentos médicos, tecnologia da informação e telemedicina, nanotecnologia, novos materiais, entre outras.

Considerando os princípios constitucionais do SUS e a estimativa de a população brasileira ser de 216,4 milhões de pessoas até 2030, com o dobro do número de idosos em relação a 2010 (40,5 milhões), com predomínio sobre os jovens (36,7 milhões), bem como observando que 52,5% da população estará com excesso de peso, o padrão tecnológico se torna fator determinante para a universalidade da saúde.

Efetivamente, a interação entre a cadeia produtiva, a comunidade científica e os serviços de saúde gera um ambiente propício à inovação, com atuação sistêmica e voltada ao desenvolvimento e à inclusão social, de modo a corroborar com a missão do LAIS, que é “fazer da ciência um instrumento de amor ao próximo”.

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