Maternidades do Estado aprimoram procedimentos no atendimento ao recém-nascido

Foto: Ascom SES/AM

Referências na rede estadual, as maternidades Ana Braga, Balbina Mestrinho e Instituto da Mulher assinaram nesta quarta-feira, 26, um termo de compromisso com o Ministério da Saúde para aprimorar a qualidade do atendimento ao recém-nascido e com isso evitar a mortalidade neonatal.

O pacto faz parte de uma estratégia denominada QualiNEO, que consiste em qualificar as práticas de atenção ao recém-nascido de risco (prematuro). A iniciativa integra diversas ações do Ministério da Saúde que já são desenvolvidas pelas maternidades, mas que passam a ser intensificadas nas unidades.

O diretor da maternidade Ana Braga, José Antenor, diz que os objetivos propostos pelo Ministério são perseguidos diariamente na unidade, por isso não tem dúvida de que os servidores da maternidade irão se esforçar para aprimorar o serviço.

“Todo incentivo para melhorar nosso serviço é importante. Nós temos aqui 45 leitos de UTI Neonatal, contamos com banco de leite, com o método “Mãe Canguru” e a QualiNEO vem para melhorar essas práticas”, afirmou o diretor da Ana Braga. Localizada na zona Leste Manaus, a maternidade chega a realizar, em média, 900 partos todos os meses.

A coordenadora de Saúde da Criança da Susam, Katherine Benevides, diz que toda estratégia que ajude a salvar a vida de crianças deve ser abraçada pela rede e multiplicada.

“Essa é uma estratégia do Ministério da Saúde que reduz a mortalidade neonatal. É importante ressaltar que a estratégia vai monitorar ações que o Estado já faz, mas que buscamos qualificá-las mais ainda. Aperfeiçoando nossos profissionais”, declarou Katherine.

A coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde (CSCAM-MS), Cláudia Puerari, ressaltou durante a assinatura do termo que o Ministério da Saúde está disposto a apoiar os estados durante o trabalho de qualificação, que será realizado por meio de oficinas durante o período de dois anos.

“Essa é uma estratégia que vem para apoiar os Estados. Durante as oficinas, iremos abordar assuntos como as boas práticas no atendimento ao recém-nascido, a importância da articulação entre as gestões estaduais e municipais e o envolvimento dos diretores das maternidades”, declarou Cláudia.

A consultora da CSCAM-MS, Liliane Augusto, explica que durante as oficinas os profissionais das maternidades serão apresentados a estudos de casos sobre as principais causas de mortes neonatais no Brasil.

“Serão conhecimentos sobre do quê as crianças morrem hoje, exemplos de casos clínicos que compõem condições realísticas, na maioria das vezes vividas dentro dos hospitais, mas também com componentes da atenção básica, da urgência e emergência, dos gestores, enfim, tudo isso que engloba a assistência neonatal”, explica Liliane.

Para o diretor da maternidade Balbina Mestrinho, Marco Lourenço, quanto maior a atenção para as áreas de neonatologia e a obstetrícia, melhor será o serviço para a população.

Segundo o diretor, o número de gravidez na adolescência tem aumentado, e consequentemente as complicações na hora do parto por conta das condições de saúde da mãe também.

“Essa realidade colabora para aumentar a taxa de nascimento de crianças prematuras, que vão precisar de cuidados especiais nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI)”, comenta Marco Lourenço.

De acordo com o diretor, a maternidade Balbina Mestrinho chega a realizar até 20 partos por dia.

Aprovação

Responsáveis por 39.517 partos dos 75.025 realizados no Estado em 2016, as maternidades estaduais Balbina Mestrinho, Nazira Daou, Alvorada, Ana Braga, Azilda Marreiro e Instituto da Mulher Dona Lindú (IMDL), em maio deste ano, foram aprovadas em avaliação do Ministério da Saúde, garantindo por mais três anos a certificação de “Hospital Amigo da Criança”.

Para manter a certificação, as maternidades devem adotar procedimentos, que incluem capacitação periódica de sua equipe e que promovam o aleitamento materno. A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi idealizada em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Fonte: Ascom SES/AM