Minas Gerais – Diagnóstico de Hepatites Virais e HIV agora todo automatizado em Minas

Processo permitirá maior agilidade na liberação de resultados e evitará erros humanos

Referência Estadual no diagnóstico de HIV e Hepatites virais, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) – instituição do Sistema Estadual de Saúde de Minas Gerais – passa nesta semana, entre 10 a 14/02, pela implantação do processo para automatizar o diagnóstico dessas doenças, conhecido pelos técnicos como interfaceamento. Com ele, os resultados das amostras processadas no aparelho serão encaminhados direto para o software de cadastro e liberação de resultados, o GAL (Gerenciamento de Ambiente Laboratorial).

“Antes, nós tínhamos que pegar o resultado, transcrever no mapa de trabalho e, a partir desse mapa, incluir o resultado no GAL. O novo processo agiliza essa etapa e tira a possibilidade do erro humano na transcrição”, explica a referência técnica do Laboratório de HIV e Hepatites Virais da Funed, Jacqueline Iturra.

Os kits de diagnóstico para processamento no novo equipamento foram adquiridos pela Fundação Ezequiel Dias no ano passado ao custo de R$ 546.845,00 (quinhentos e quarenta e seis mil, oitocentos e quarenta e cinco reais). “Investir continuamente na melhoria do processo é uma forma de garantir maior confiabilidade dos exames, de dar respostas imediatas e efetivas para o Sistema Único de Saúde e é fundamental para manter o alto padrão de qualidade dos serviços ofertados pela Funed”, afirma o presidente da instituição, Francisco Antônio Tavares Junior.

Fase final

Jacqueline Iturra afirma que essa é a fase final da implantação da nova metodologia de diagnóstico de HIV e Hepatites Virais no laboratório da Funed. “Antes, nós trabalhávamos com o método ELISA, aonde a amostra é testada manual ou semimanual. Agora, estamos trabalhando com quimioluminescência, reduzindo o trabalho manual”, diz.

A referência técnica ressalta que a Funed já trabalhava com o sistema de quimioluminescência desde o ano passado, quando adquiriu os kits junto à empresa Abott. “Nós já trabalhávamos com a metodologia, mas, para fechar esse processo, faltava a comunicação do equipamento com o software para lançamento de resultados”, afirma. De acordo com a referência técnica, nesta sexta-feira (14/02), após os últimos testes, a equipe já vai iniciar o trabalho com todo o processo automatizado.

Implantação

O interfaceamento está sendo feito por dois colaboradores do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde brasileiro (DataSus), do Rio de Janeiro, que ficarão na Funed até sexta-feira (14/02). “Nós estamos fazendo a implantação junto com a Matrix (empresa responsável pelo interfaceamento) para o equipamento da Abbott e estamos dando o suporte a eles para que o equipamento trabalhe em sintonia com o GAL”, explica Fabiano Barreto, do DataSus.

Ampliação

O Laboratório de HIV e Hepatites Virais é o primeiro a passar por esse processo de automatização de diagnósticos, mas a expectativa é que outros exames recebam a automação, como explica Jacqueline. “Futuramente existe a intenção de interfacear outros exames. Temos trabalhado e buscado no mercado especificações e possibilidades de fazer isso”, ressalta.

Processamento de Amostras

Hoje, o laboratório da Funed processa aproximadamente duas mil amostras de HIV por mês, sendo que a instituição é responsável por atender a todos os municípios que pactuaram com a Fundação. No que se refere às Hepatites Virais, o laboratório da instituição atende todo o Estado de Minas Gerais em casos suspeitos e que tenham critério clínico, epidemiológico ou laboratorial. Dessas doenças, são processadas aproximadamente 100 amostras por mês.

Texto e foto: Werlison Martins

Assessoria de Comunicação Social