Mulheres vivendo com HIV e aids participam de debates sobre enfrentamento da doença

Entre os dias 21 e 24 de setembro, 25 mulheres líderes vivendo com HIV e aids dos quatro Estados da Região Sudeste do Brasil participam da sétima oficina do projeto “Saber para reagir em língua portuguesa” que será realizada no Hotel Gran Roca, Av. Walter Engrácia de Oliveira, 229 – Estância Lynce, Atibaia – SP. Uma discussão com gestores estaduais, Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e UNAIDS está prevista para o dia 24 de setembro a partir das 14hs, com objetivo de estabelecer agendas comuns para o enfrentamento da epidemia.

Realizado pelo Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), em atividade integrada com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS VIH/SIDA (UNAIDS/ONUSIDA), a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU‐Mulheres), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO) e o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, em parceria com Países Membros da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe ‐ o projeto visa fortalecer a prática do ativismo e a participação cidadã em direitos humanos, gênero, advocacy e controle social das políticas públicas locais, com vistas à redução da inequidade de gênero e à ampliação e melhoria do acesso de mulheres vivendo com HIV‐VIH a serviços de prevenção, tratamento, atenção e apoio ao HIV/AIDS‐VIH/SIDA e de atendimento à mulher em países de língua oficial portuguesa.

A Oficina de Atibaia, que conta também com o apoio da Coordenação Estadual de DST/Aids/HV de São Paulo – SES/SP é a última oficina do Brasil e de uma série de atividades que serão realizadas até o final de 2012 também no continente africano. Pretende-se o fortalecimento das capacidades de atuação de mais de 160 mulheres líderes nesses seis países e a promoção de oportunidades de intercâmbio de experiências e mobilização conjunta. Eduardo Barbosa, Diretor Adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde destacou que “o engajamento do movimento social foi essencial para os resultados alcançados pela resposta brasileira à epidemia de aids. Reforçar capacidades de mulheres vivendo com HIV/VIH agrega resultados positivos na melhoria dos serviços de saúde e no combate ao estigma e à discriminação”.

Entre os resultados esperados do Projeto Saber para Reagir estão: a elaboração de diagnósticos sobre cada um desses países e regiões, organizados de forma participativa, sobre os marcos legais essenciais à resposta ao HIV/VIH, questões de gênero e violência contra as mulheres; o desenvolvimento de material didático e visual para assessorar movimentos de mulheres vivendo com HIV/VIH da CPLP; e a promoção da integração e atuação em rede, fortalecendo a cooperação mútua e o intercâmbio de experiências entre essas mulheres com vistas à atuação política e de advocacy para firmar compromissos com o poder público visando a implementação de agendas pactuadas em níveis locais. Para Pedro Chequer, Coordenador do UNAIDS/ONUSIDA no Brasil e ponto focal do UNAIDS/ONUSIDA para a CPLP, “esta iniciativa inédita tem espaços de intercâmbio de conhecimentos e práticas que permitirão a emancipação de mulheres e fortalecerão a resposta à AIDS e a promoção da equidade de gênero nos países parceiros.”

Sétima oficina do projeto “Saber para Reagir” – 21 a 24 de setembro de 2012, no HOTEL GRAN ROCA, Av. Walter Engrácia de Oliveira, 229 – Estância Lynce, Atibaia – SP.
Abertura: 21 de setembro às 14h00
Discussão com gestores: 24 de setembro a partir das 14h00

Oficina Saber para Reagir, Manaus, Maio 2011. Foto: UNAIDS.