Pará – Políticas de saúde ampliam assistência e preparam Belém para o futuro

 

Você consegue imaginar como era Belém na época dos seus pais ou avós? Com certeza, bem diferente do que temos hoje. Porém, muito do que se tem hoje foi construído na época deles. Assim será nas gerações futuras, dos seus filhos, quem sabe até dos seus netos. As políticas públicas que estão sendo implantadas agora vão resultar em uma cidade mais desenvolvida e com mais qualidade de vida para os belenenses no amanhã. Belém chega aos 400 anos com novas perspectivas e concretizando um futuro mais estruturado. Para isso, o governo investe em setores básicos, como a área da saúde, e impulsiona investimentos.

Há cinco anos, a capital ganhava o Hospital Jean Bittar. Adquirido pelo Governo do Estado para possibilitar a revitalização do Hospital Ophir Loyola e aumentar o número de leitos para o Sistema Único de Saúde (SUS), o centro hospitalar oferece uma estrutura moderna e acolhedora, executando procedimentos de cirurgia geral com os serviços de parede abdominal, cirurgia gástrica – incluindo a cirurgia bariátrica –, de fígado, pâncreas e vias biliares. Atua também com serviços especializados na clínica médica nas áreas de endocrinologia, pneumologia, cardiologia e nefrologia, ofertando 80 leitos para o SUS. Em média, o hospital registra 1.130 internações por ano, 1,2 mil cirurgias e 12,8 mil consultas.

Trabalhando no hospital desde o primeiro dia de funcionamento, o médico Igor Saad comemora o fato de o primeiro emprego como médico especialista ter sido no Jean Bittar. “Eu me formei pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e trabalhei dois anos no Exército. Decidi fazer residência aqui e por aqui fiquei”, conta, destacando que, como em qualquer lugar, ainda há muito que se melhorar na área da saúde, porém criar novos espaços, abrir novos leitos e oferecer novas oportunidades já é um grande avanço para o desenvolvimento de uma cidade.

A promotora de eventos Claudilene Saraiva está internada no Jean Bittar há dois meses, tratando uma erisipela bolhosa, ainda sem previsão de alta. Durante todo esse tempo, ela conta já ter formado uma família no local. “Aqui a equipe faz muito mais que seu dever técnico. Eles se preocupam mesmo conosco. Já conheço todo mundo pelo nome”, diz. Assim como todos os outros pacientes internados, ela é contemplada com ações de valorização e humanização, seguindo as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH) e Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde.

Ampliação – Por conta dos tratamentos, muitas pessoas precisam passar dias, meses e até anos em um hospital. A pedagoga Franciete de Araújo não desgruda da filha, a jovem Nadine Ribeiro, de 12 anos. A menina está internada há alguns meses no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo para tratar uma leucemia. O espaço foi uma das obras entregues recentemente pelo Governo do Estado. A mãe da menina destaca a estrutura como fator diferencial na qualidade do tratamento. “Aqui a infraestrutura é perfeita. As famílias têm roda de conversa toda segunda-feira com os profissionais. Assim podemos fazer nossas observações. Aqui há regras, há limpeza. É completo”, reforça.

O centro médico, localizado no prédio anexo ao Ophir Loyola, tem 108 leitos – dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) –, divididos em cinco andares, onde estão distribuídas as áreas de quimioterapia, centro cirúrgico, centro de terapia intensiva, clínicas pediátricas e de ginecologia, além de ambientes destinados especialmente às crianças, como biblioteca, brinquedoteca e um solário. Com capacidade mensal para 378 internações e 1.320 consultas, o hospital oferta serviços na área de oncologia, cirurgia oncológica, neurocirurgia, quimioterapia infantil por faixa etária e ambulatório de triagem com apartamentos e ultrassonografia.

Servidora da área da saúde há cinco anos, a enfermeira Cristianne Saraiva comemora a criação de novos hospitais e, consequentemente, de novos leitos e oportunidades de emprego. Antes de trabalhar no Jean Bittar, ela atuava no Ophir Loyola. Ela lembra que, por receber muitos pacientes vítimas de câncer, o hospital acabava usando os leitos destinados a outros tratamentos para pessoas em tratamento oncológico. “Com a abertura do Jean Bittar, novos leitos ficaram disponíveis, possibilitando uma melhor distribuição das demandas”, explica.

Referência – Em 2013, foi a vez dos serviços pediátricos ganharem novos investimentos. Foi neste ano que o Governo do Estado entregou a Belém a nova Santa Casa. O hospital referência em atendimento materno-infantil gerou cerca de 400 novos postos de trabalho, sem contar os novos leitos e UTIs abertos. Com esta nova realidade, a saúde do Pará alcançou significativos resultados. “Hoje em dia, podemos comemorar a redução na taxa de mortalidade neonatal e no índice de óbito materno”, pontua a presidente da Santa Casa, Rosângela Monteiro.

Em todo o complexo de saúde da Santa Casa, 3,7 mil mulheres são atendidas todos os meses. Ao todo, 510 leitos são ofertados. “Para os próximos anos, o presente da maternidade para a cidade de Belém é investir na capacitação permanente e na saúde do nosso servidor”, destaca Rosângela.

À frente da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Vítor Mateus ressalta que uma das prioridades do governo são os hospitais. Para ele, essas obras vão reestruturar o serviço de saúde de Belém. “É a possibilidade de abrir vagas para profissionais, residências, estágios, parcerias. Vamos equalizar as oportunidades afim de transformar Belém em uma cidade de retaguarda”, diz.

Os investimentos para a capital não param. O secretário adianta que para 2016 novas inaugurações estão previstas. “Temos duas obras emblemáticas que deverão ser entregues ainda este ano: o hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, e o Centro Integrado de Reabilitação, que está sendo construído ao lado do hospital Sara Kubitschek”, conta.

É com essas transformações que Belém vai ganhando identidade e um ar de cidade madura. Os fatos de hoje vão servir de consequência para ilustrar a história da capital amanhã. Feliz aniversário, Belém.

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Fotos: Agência Pará
Bianca Teixeira
Secretaria de Estado de Comunicação