Plano de Imunização é discutido durante Reunião Tripartite

Da esquerda: Carlos Eduardo Amaral, vice-presidente do Conass e secretário estadual da Saúde do Minas Gerais, Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, e Wilames Bezerra, presidente do Conasems

O Ministério da Saúde apresentou o Plano Nacional de Imunização para Covid-19 durante a 9ª Reunião da Comissão Intergestores Tripartite, realizada na tarde desta quinta. O vice-presidente do Conass e secretário estadual da Saúde do Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, que estava na reunião, ressaltou a necessidade de união de todas as esferas do governo. “Temos de trabalhar juntos, de forma harmônica e pacífica. Isso trará benefícios para toda população”, avaliou.

Ao comentar a estratégia, o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, observou a necessidade de as pessoas manterem os cuidados de prevenção contra a doença. Ele ressaltou que o imunizante não estará disponível para todos num primeiro momento. Argumentou ainda que infecções pelo novo coronavírus voltaram a ganhar força. Painel com dados da Covid-19 divulgado pelo Conass nesta quinta mostra que morreram no Brasil 184.826 pessoas em razão da doença. Em um dia, foram confirmados 1.091 óbitos.

Durante o encontro, o Coordenador Técnico do Conass, Fernando Cupertino, alertou para a urgência na discussão sobre cirurgias eletivas no País. Cupertino sugeriu que o assunto seja abordado por gestores na próxima tripartite, programada para janeiro. A demanda por essas cirurgias aumentou de forma expressiva. Na primeira fase da pandemia, procedimentos que não eram considerados urgentes foram desmarcados. A necessidade represada começa agora a se refletir  nos serviços de saúde. Muitos pacientes, em situação agravada, buscam atendimento. 

Na reunião, gestores também discutiram pontos relacionados à Atenção Primária, como o Previne Brasil. Balanço da estratégia mostrou um salto de pessoas cadastradas nas equipes. Em 2018, eram 74.685.577. Esse número passou para 119.903.683, no último levantamento. “Foi um esforço coletivo”, afirmou Renata Maria de Oliveira Costa, diretora do Departamento de Saúde da Família do Ministério da Saúde.

Frutuoso destacou a importância do Previne Brasil, programa que modificou a lógica de financiamento da atenção primária no SUS . A mudança trouxe um aporte de recursos de quase R$ 3 bilhões para o setor. “É preciso ousar, fazer o que precisa ser feito”, disse. Ele lembrou que a criação do programa foi cuidadosa, amplamente debatida em  mais de 20 reuniões. “O resultado é o que está posto”, resumiu. “A atenção primária é estruturante do sistema, é preciso aprimorá-la.”

Durante a reunião, um conjunto de portarias foi pactuado. Entre elas, a que estabelece valores extras para indicadores de desempenho do Previne, incentivo financeiro para ações ligadas ao cuidado de pessoas com albinismo e um projeto de revitalização de unidades básicas de saúde a partir do trabalho de pessoas privadas de liberdade.

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