PNI: Quatro décadas de imunizações

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973 com a missão de controlar doenças preveníveis por vacinas. Hoje, o Programa completa 40 anos e é considerado coordenador de uma relevante intervenção de Saúde Pública, a vacinação.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa da Silva Junior, a criação do PNI possibilitou o fortalecimento do papel do Ministério da Saúde na organização e coordenação das ações de vacinação que já eram realizadas há várias décadas e haviam sido responsáveis pela erradicação da varíola. O último caso desta doença registrado no Brasil foi em abril de 1971.

O Programa trabalha com uma inédita maneira de organização das ações da vacinação no Brasil, assegurando a uniformidade do calendário vacinal, a introdução de novas vacinas e adoção de estratégias inovadoras e sustentáveis nas campanhas de vacinação. Novas estratégias, como a combinação de vacinação de rotina com campanhas de vacinação tiveram papéis essenciais na erradicação da poliomielite e do sarampo, que ocorreu no período de existência do PNI.

Segundo o secretário de Vigilância da Saúde, o Programa se tornou mais relevante a partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), no final dos anos 80, quando foi iniciado o trabalho de descentralização que colocou o município como o executor primário e direto das ações de saúde, entre elas as de vacinação.

Nos últimos anos, o PNI garantiu a oferta de vacinas eficazes e seguras para diversos grupos populacionais que são focos de ações de imunização, como recém-nascidos, crianças, população indígena, adultos e idosos. Atualmente são disponibilizados 43 produtos no PNI, que são divididos entre vacinas, soros e imunoglobulinas.

A Coordenadora do PNI, Carla Rodrigues, explica que em 2012 o Ministério da Saúde substituiu a campanha específica de poliomielite e a ampliou para todas as vacinas do calendário de vacinação infantil, para possibilitar que os pais que têm dificuldade de ir aos postos de saúde manter as vacinas em dia, pudessem atualizar a caderneta.

Segundo Rodrigues, o calendário vacinal infantil brasileiro é complexo e dispõe de 11 vacinas, cada uma com duas ou três doses de reforço. “Os pais acham que só com uma dose a criança já está protegida, mas isso não acontece. É preciso completar o esquema de vacinação com cada uma das vacinas disponíveis”, explica. De acordo com a coordenadora, o Brasil é um dos países que mais consegue vacinar e já eliminou doenças graves de circulação, como sarampo, poliomielite, sarampo. “Com essas ações de atualização de calendário vacinal e incentivo à vacinação, manteremos o país livres de doenças graves e estaremos protegendo nossas crianças”, afirma.

Fonte: Kathlen Amado / Blog da Saúde