Reunião preparatória discute planificação na Região Centro-Sul do Distrito Federal

Projeto foi apresentado a gestores e profissionais da rede pública de saúde

Representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal participaram, nesta quinta-feira (25), no auditório da pasta, de uma reunião preparatória para implementar a Planificação da Atenção à Saúde na Região de Saúde Centro-Sul. Gestores e profissionais da rede aprenderam sobre a metodologia, que organiza o fluxo dos serviços na Atenção Primária e Secundária, para melhorar o acesso do usuário na rede.

O projeto, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), foi apresentado por técnicos do Hospital Israelita Albert Einstein, escolhido pelo Ministério da Saúde para capacitar os profissionais com workshops, tutorias e cursos pelos próximos meses, além de acompanhar o andamento da planificação. O cronograma, em oito etapas, prevê que a implementação ocorra até dezembro de 2020.

“Queremos ajudar a criar as redes de atenção de forma organizada, para que o usuário tenha um melhor acesso, tanto na Atenção Primária, como na Secundária e Terciária. Será voltada para a Centro-Sul, mas vamos fazer para as sete regiões de saúde do DF”, afirmou o coordenador de Atenção Primária da Secretaria de Saúde, Elissandro Noronha.

Quando a rede é planificada, as respostas dentro do sistema público de saúde podem ser dadas de forma mais rápida aos usuários, na avaliação de Noronha. “Um exemplo é quando se entra na rede. Às vezes, os pacientes esperam encaminhamentos em casa, o que gera frustração por parte deles. Quando a rede está organizada, o contato pode ser por telefone, telessaúde, etc. E os referenciamentos são mais rápidos”, explicou.

REGIÃO LESTE – O coordenador lembrou que um projeto de planificação já está em andamento no Distrito Federal desde o ano passado, na Região de Saúde Leste, mais especificamente no Paranoá.

“Ele é um sucesso. Ajudou a organizar o serviço lá e é referência nacional em questão ambulatorial e encaminhamentos da Atenção Primária. O usuário consegue transitar entre os níveis de atendimento com mais facilidade, o que não ocorre em outros locais”, ressaltou Noronha.

“Essa primeira fase da planificação aconteceu no Paranoá e, agora, estamos em uma segunda fase, que é de aprimoramento dos processos”, contou a assessora técnica do Conass e responsável pelo projeto, Maria José de Oliveira. “A ideia é que, a partir da Centro-Sul, a Secretaria de Saúde se aproprie desses processos todos e amplie para as demais regiões”, ressaltou.

Para a superintendente da Centro-Sul, Moema Campos, é de suma importância a chegada dessa metodologia, tendo em vista que a região de saúde tem uma rede de urgência e emergência restrita, com um hospital de pequeno porte no Guará e um protagonismo maior da Atenção Primária, com 19 unidades básicas de saúde (UBSs).

“Com a vinda da planificação, acredito que teremos um protagonismo ainda maior da Atenção Primária, além da proposta de também estruturar a Atenção Secundária. Essa organização vai refletir na nossa rede de urgência e emergência, que resulta em uma melhor assistência ao paciente”, informou.

DIFUSÃO – Segundo o coordenador de Projetos do Hospital Israelita Albert Einstein, Márcio Paresque, os profissionais da Região Centro-Sul serão habilitados na Planificação da Atenção à Saúde, para que eles difundam a metodologia para outras regiões de saúde do DF, de forma que a Atenção Primária e a Secundária “falem a mesma língua”.

“O projeto vem para garantir a integração entre esses pontos da rede e para melhorar os serviços. Como somos um projeto que trabalha com o Ministério da Saúde, temos tempo de execução. Nosso triênio de execução é até 2020”, explicou Paresque.

De acordo com ele, o próximo passo será montar um wokshop de abertura, em julho, voltado aos profissionais de saúde que estarão fazendo o papel de facilitadores da Região Centro-Sul.

Leandro Cipriano, da Agência Saúde
Fotos: Breno Esaki/Saúde-DF