Roraima – Exame confirma H1N1

A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima (Sesau) recebeu no final da tarde desta terça-feira, 04, doInstituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, o resultado do exame enviado para a identificação do sorotipo do vírus da Influenza, feito pelo Laboratório Central de Roraima (Lacen). O resulto do IEC foi positivo para H1N1.

Com isso, Roraima tem o primeiro caso confirmado. Trata-se do venezuelano que está internado no Hospital Geral de Roraima, não por causa da gripe, mas devido a outros agravos de saúde. O exame dele, feito pelo Lacen, deu positivo para influenza A. O material foi enviado ao IEC, referência na região Norte para fazer o PCR, exame que subtipa o vírus da influenza.

A gerente do Núcleo de Controle da Influenza, da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde, Mônica Laís Soares, explicou que as medidas para tratar a influenza são feitas antes da confirmação do diagnóstico. O paciente assim que dá entrada na unidade sentinela com suspeita de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou Síndrome Gripal, faz exame para verificar o tipo de vírus.

A SRAG caracteriza-se por febre, mesmo que referida (quando o paciente diz que teve e no momento da avaliação na unidade não está), tosse e que foi internado na UTI. Nesses casos, a coleta para exames de influenza é feita em todos os pacientes dentro da UTI. “Ele (paciente) já é medicado com antiviral”, disse.

Os sintomas da Síndrome Gripal são quase os mesmos da SRAG: febre, mesmo que referida, tosse e com inicio de sintomas de gripe de até sete dias. Segundo Mônica, caso haja sinais de gravidade, interna. Caso contrário, é liberado. “Se o paciente for do grupo de risco, ele recebe medicamento para tomar em casa”, explicou.

Devido ao alto número de pacientes que apresentam a Síndrome Gripal, é feita a coleta de cinco amostras em cada unidade sentinela. As unidades são a Casa do Índio, Policlínica Cosme e Silva, Hospital Geral de Roraima, Hospital da Criança, Hospital Délio Tupinambá, em Pacaraima.
Com a confirmação do resultado de H1N1, agora será feita a investigação com a família do paciente, para ser alguém apresenta os mesmos sintomas.

O ideal é que do início dos sintomas da gripe, a coleta seja feita em até sete dias.
Desde a pandemia de 2009, o vírus da Influenza circula no estado, e por isso, a gerente explica que a população não precisa criar comoção. “Temos medidas de controle, tratamento e controle do vírus. Como já é um vírus conhecido, temos protocolo para seguir e tomar cuidados”,

DESCARTADO

A gerente destacou que os casos divulgados recentemente na imprensa, de pai e filha com suspeita de H1N1, foram descartados. Os exames feitos no Lacen, nos dois pacientes, deram negativo para gripe, portanto, não há possibilidade de ser Influenza. As investigações continuam, mas em outras vertentes.

A orientação é tomar cuidados para evitar a gripe, principalmente nesse período chuvoso, já que independente do subtipo, gripe mata, principalmente se houver outra doença de base. Quem apresentar os sintomas deve procurar um médico.
Para evitar a transmissão da doença, o ideal é lavar as mãos constantemente, não compartilhar copos, talheres com outras pessoas, manter repouso e evitar lugares fechados e com aglomerações de pessoas.

NÚMEROS
Desde 2009, quando houve a pandemia da doença, Roraima registrou 82 casos de gripe por H1N1. O último foi em 2012. Em 2009, foram 81. Não há registros da doença nos anos de 2010 e 2011.

Rebeca Lopes/Sesau
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