Saúde e Banco Mundial alinham estratégias de investimento para combater o Aedes aegypti

20160503_090851A secretária de Estado da Saúde, Conceição Mendonça, esteve reunida na manhã desta terça-feira, 03 de maio, com representantes do Banco Mundial. Durante a reunião, foram traçadas estratégias para reestruturação do projeto “Águas de Sergipe”, que poderá render investimentos, em caráter emergencial, para o enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya.

“Estamos revendo os recursos advindos do Banco Mundial, através do projeto Águas de Sergipe, para que possamos implementar ações estratégicas voltadas à prevenção e combate ao Aedes aegypti e à Microcefalia”, explica a secretária de Estado da Saúde.  

O projeto deverá apoiar um conjunto de ações que irão colaborar com o processo de enfrentamento, especialmente, do Zika Vírus. O planejamento elaborado durante a reunião prevê o financiamento de ações em 4 áreas: prevenção, diagnóstico, atenção materno-infantil e reabilitação.  

“As ações voltadas à prevenção aumentam a capacidade do Estado em enfrentamento ao vetor do mosquito transmissor do Zika Vírus e, no que se refere ao diagnóstico de emergência, melhora a capacidade em tempo de resposta para diagnóstico da Zika e outras doenças neurológicas associadas a ela”, explica o especialista Sênior em Água e Saneamento do Banco Mundial, Marcos Abicalil. 

Estão previstas ainda ações que irão contribuir com o aumento da capacidade do Estado na atenção materno-infantil, na ampliação da rede assistencial e no acesso das mães com suspeita de infecção pelo Zika Vírus, ou com crianças infectadas, à Rede. A reabilitação de longo prazo para crianças que nascerem com problemas neurológicos graves também está entre as ações definidas.

Investimentos

Desde ontem, 02 de abril, a equipe do Banco Mundial realiza visitas técnicas em Sergipe para discutir com a equipe técnica local os projetos financiados pela instituição através do ”Projeto Águas de Sergipe”, que destina investimentos para recursos hídricos, irrigação e para ações relacionadas à água e esgoto (no âmbito da Deso).

A expectativa é de que, até o final da primeira semana de maio, sejam definidos os valores a serem realocados para a área da saúde, levando em consideração que esses valores estão sujeitos às variações do câmbio. 

“A estimativa é de que seja algo entre 7 milhões e 15 milhões de dólares, ou seja, entre 24 milhões e 40 milhões de reais, para apoiar o Estado nesse enfrentamento de emergência contra a Zika”, revela o representante do Banco Mundial.

Após a documentação da proposta pelo Estado, será preciso a aprovação do Governo Federal. Só depois dessa tramitação, o Banco Mundial poderá efetivar a realocação dos recursos oriundos do projeto “Água de Sergipe”. Uma vez aprovada a proposta, os recursos poderão ser disponibilizados formalmente até o final deste ano.