SVS lança plano integrado de ações para combater doenças em eliminação

Na quarta-feira (18), a Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde lançou a publicação “Plano Integrado de Ações Estratégicas de Eliminação da Hanseníase, Filariose, Esquistossomose e Oncocercose como Problema de Saúde Pública, Tracoma como Causa de Cegueira e Controle das Geohelmintíases”.

O objetivo do documento é o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas integradas e interprogramáticas efetivas e baseadas em evidências para a redução da carga das doenças em eliminação. A obra apresenta estratégias relacionadas à detecção precoce e ao tratamento oportuno de casos. Além disso, define metas e prioridades até 2015.

O lançamento contou com a participação do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, de representantes das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e de técnicos responsáveis pelas áreas de doenças em eliminação de todos os estados brasileiros. O evento será realizado até a próxima quinta-feira (19) no Hotel Mercure, em Brasília.

A coordenadora de Hanseníase e Doenças em Eliminação da SVS, Rosa Castália, ressaltou a importância da publicação para a eliminação dessas doenças e ainda falou que o plano integrado dará oportunidade aos estados de elaborar ações em conjunto. Para isso, o Ministério da Saúde estará à disposição para auxiliar as SES a realizar este trabalho.

“O lançamento da publicação vai contribuir para a alteração do cenário atual no Brasil, conseguiremos oferecer maior visibilidade para essas doenças. O fato de ser um trabalho integrado nos auxiliará a aumentar a potencialidade das ações, com a ajuda dos estados. Vamos conseguir atingir, ainda, as metas contidas na Resolução nº 19 da Organização Pan-Americana da Saúde, que dispõe sobre o trabalho de eliminação dessas doenças no Brasil”, reforça Rosa Castália.

Segundo a coordenadora, o plano também vai auxiliar programas do Governo Federal, como o Brasil Sem Miséria. “A relação do plano integrado de ações estratégicas com o programa Brasil Sem Miséria é tênue e muito oportuna, porque o plano contribuirá para a redução drástica da pobreza no país”, afirmou.

Os indivíduos com maior vulnerabilidade social apresentam elevado risco de adoecimento e, quando adoecem, têm maior dificuldade de sair de tal condição social. O programa Brasil Sem Miséria, iniciado em 2011, caracteriza-se por uma política intersetorial de redução da pobreza extrema voltada para os 16,2 milhões de brasileiros residentes principalmente em áreas consideradas endêmicas para as doenças em eliminação.

Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde

Academia da Saúde aumenta acesso da população às atividades físicas

Pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde, como o Vigitel, mostram que, há algum tempo, o público que mais pratica atividade física no Brasil, em geral, é homem, jovem e de elevada escolaridade. Para reverter essa situação e incluir a prática cotidiana da atividade física em outros públicos, foi lançado, em abril de 2011, o programa Academia da Saúde. O objetivo é aumentar o nível de exercícios físicos da população, promovendo a saúde, a prevenção e a redução de mortes prematuras por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como doenças cardiovasculares, infarto, derrame, câncer e diabetes. A ideia é criar espaços adequados, oferecer orientação nutricional, oficinas de artes cênicas, dança e palestras.

Segundo a diretora do Departamento de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, quatro mil unidades da Academia da Saúde estarão instaladas em todo o país até 2014. Em 2013, 2.600 polos já estarão prontos. “Teremos profissionais de saúde que irão estimular a população a praticar atividade física e desenvolver também hábitos e práticas saudáveis. Com isso, buscaremos com que as pessoas se tornem mais ativas e insiram o tema e a prática da atividade física no seu dia a dia”, explica. Os polos da Academia da Saúde contarão com educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais da saúde.

Para contar com os pólos do Academias da Saúde, os municípios devem aderir ao programa, Deborah afirma que o Ministério da Saúde já recebeu mais de seis mil propostas de municípios para participar. “Todos os municípios com população acima de 100 mil habitantes foram atendidos, e os municípios com população menor, nós definimos critérios alinhados com o programa Brasil Sem Miséria. Então, municípios com maior proporção de população com pobreza tiveram prioridade nessa escolha”, ressalta a diretora. Os espaços da Academia da Saúde serão disponibilizados para toda a população. “Eles terão duas vias de entrada: tanto os profissionais de saúde poderão indicar populações de maior risco, como hipertensos, diabéticos, com excesso de peso e obesidade. E também a população sadia que deseja praticar atividade física. Basta a pessoa procurar diretamente o pólo, fazer sua inscrição e participar das atividades com regularidade”, detalha Deborah.

Projetos de Aracaju (SE), Recife (PB) e Vitória (ES)

Exemplo de sucesso – Desde 2005, o Ministério da Saúde financia cerca de 1500 projetos municipais que incluem atividades físicas. Desses, 155 já são contemplados com mais recursos do Academia da Saúde. Um grande exemplo de sucesso é o projeto Academia da Cidade, de Belo Horizonte (MG). Criado em 2006, oferece atividade física gratuitamente a mais de 23.100 usuários. As atividades são oferecidas de segunda a sábado, três vezes por semana.

O coordenador do projeto Rony Las Casas destaca que, por meio de estudos, já foi verificado melhoras na qualidade de vida da população mineira. “Fizemos uma pesquisa com dois públicos: um que está dentro da academia e o que está fora com os eixos físico, mental, social e até na linha espiritual. Verificamos que teve uma diferença muito grande com relação às pessoas que estão dentro das Academias da Cidade. Percebemos que a pessoa aprende a se conhecer melhor dentro dela. O projeto tem melhorado bastante a saúde da população e, consequentemente, a qualidade de vida. É o que falamos: não queremos dar mais anos de vida, e sim dar vida nos anos. A pessoa ganha sentido para viver”, diz.

Os pólos da Academia da Cidade de Belo Horizonte oferecem atividades por grupos, de acordo com o perfil de cada pessoa. Além disso, idosos, pessoas com deficiência, população com DST ou aids e população reprimida, seja pelo racismo ou homofobia, também têm acesso aos espaços. “Isso tem sido fantástico. Estamos tendo uma experiência riquíssima com relação a isso, porque o profissional de educação física acaba trabalhando tanto dentro das academias quanto dentro das escolas também. Então estamos nos aproximando da saúde na escola. E como o profissional de educação física trabalha mais com o corpo, falo da parte mais física mesmo, tem dado muito benefício a todo esse público”, destaca Rony.

A dona de casa Rita de Cássia Mapa frequenta as aulas do polo de Jardim Belmonte, em Belo Horizonte, há um ano e meio. Para ela, a nova rotina mudou sua vida. “Por meio da Academia, fui encaminhada a um médico e depois de ir, descobri que estava com diabetes e pressão alta. Eu posso até dizer que a Academia salvou a minha vida. A melhor coisa que aconteceu em BH foi a construção dessa Academia. Agora eu faço exercício físico, tenho uma vida ativa, faço regime, controlei minha vida”, relata.

A também dona de casa Elizabeth Montenegro conta os benefícios que ganhou depois de começar a freqüentar as aulas: “Eu vivia depressiva, sentia dor no corpo inteiro, minhas pernas doíam, eu não comia, era muito magrinha. E agora já encorpei um pouquinho, tenho alegria, aprendi a sorrir de novo”.

    • Assista ao vídeo que mostra como são realizadas as atividades da Academia da Cidade de Belo Horizonte:

A diretora Deborah Malta publicou artigo, junto ao secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, em uma das mais importantes publicações científicas na área médica: o The Lancet. No texto, os autores destacam as principais políticas públicas para promover a atividade física no Brasil, como o Programa Academia da Saúde. Eles informam que só neste primeiro ano de programa, já foram investidos R$ 150 milhões e que mais de 80% das cidades do país terão acesso gratuito às atividades físicas até 2015.

Mônica Plaza / Blog da Saúde

Artigos Relacionados

Hidratação deve ser mantida durante execução da atividade física

O corpo humano é composto por 70% de água, e se ocorrer de chegar ao estado de desidratação as conseqüências podem ser severas ao organismo. Em casos extremos pode-se até morrer. Por isso é sempre importante ficar atento, principalmente na hora de praticar atividades físicas.

“O consumo de água não serve apenas para hidratar. É por meio dele que o nosso corpo realiza a regulação da temperatura corporal. Quando se pratica exercícios o consumo do líquido é muito mais importante. Meia hora antes do início das atividades deve-se consumir no mínimo de 200 ml”, explica Alexandre Machado, consultor técnico de nutrição do Ministério da Saúde.

Durante a atividade física, o corpo elimina muita água, principalmente por meio do suor. Alexandre alerta que a garrafinha d’água deve estar por perto mesmo durante o exercício. “Durante o treinamento, as pessoas não têm muito como se hidratar. O ideal é se hidratar 20 minutos após o início do exercício. Dê preferência para água gelada, que regula a temperatura do organismo”, esclarece.

Foto: Odilon Dimier/PhotoAlto/Corbis

Outro ponto importante é que, durante a execução de um exercício, se o corpo entrar em estado de desidratação mais intenso o organismo começa a dar alertas. Cãibras, exaustão, diminuição da freqüência cardíaca, fraquejo, dor de cabeça e a falta de sudorese são alguns sinais de que é necessário consumir água. “Quando a gente está fazendo uma atividade física, os líquidos que estão presentes em nossa corrente sanguínea vão fazer a troca de calor com o meio ambiente. Então você imagina que quando está numa atividade física intensa ou uma corrida, por exemplo, que você vai aumentar a temperatura do seu corpo em até 20 vezes, vai perder muito líquido e sais, se você já estiver desidratado antes isso só vai se agravar, podendo chegar ao colapso”, alerta Alexandre Machado.

Sobre o a ingestão de isotônicos, o consultor destaca que ele não substitui a água e não pode ser consumido em excesso. “Os isotônicos são indicados para depois da atividade física, como forma de repor mais rápido os sais minerais que foram embora com o exercício. Porém, o ideal é se reidratar com água”, finaliza o consultor.

Com a chegada das Olimpíadas 2012, a partir do dia 25 de julho, muitas pessoas podem se sentir incentivadas a praticar atividades físicas. Por isso é sempre importante o acompanhamento de um especialista para evitar possíveis problemas de saúde.

Ilana Paiva / Blog da Saúde

Artigos Relacionados

Carta SUS auxilia Ministério da Saúde no combate ao desperdício de recursos

Após receberem a correspondência, 28 pessoas fizeram denúncias contra a Clínica São Silvestre, em São Gonçalo (RJ). Ministério recomendou à prefeitura do município o descredenciamento da clínica

A Carta SUS, correspondência enviada pelo Ministério da Saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliação do atendimento e dos serviços prestados nos hospitais da rede pública e unidades conveniadas, já apresenta seus resultados. O Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) concluiu a primeira auditoria realizada após denúncias feitas por meio da correspondência e recomendou, à Prefeitura de São Gonçalo (RJ), o descredenciamento da Clínica São Silvestre (Clissil), que presta serviços de clínica obstetrícia ao município. Foi constatado, por exemplo, que a unidade fazia dupla cobrança (procedimento médico pago pelo paciente e pelo SUS).

Lançada em novembro de 2011, a carta tem se mostrado um instrumento eficaz para ajudar o Ministério da Saúde a identificar fraudes e irregularidades cometidas contra o SUS. Desde janeiro, mais de 4 milhões de correspondências já foram enviadas, resultando em 330 denúncias de usuários. A clínica foi alvo de 28 denúncias, que resultaram na investigação do Denasus. “A Carta SUS tem cumprido com eficácia seu papel no auxílio ao combate ao desperdício dos recursos públicos na saúde e aumento na transparência no SUS. É fundamental que a população, ao receber a carta, confira se as informações estão corretas e, caso haja qualquer irregularidade, faça a denúncia ao Ministério da Saúde para que haja uma fiscalização”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Em razão da gravidade das irregularidades encontradas, além do descredenciamento da clínica, o Ministério da Saúde recomendou à prefeitura de São Gonçalo que realize a contratação imediata de novos leitos obstétricos para que não haja prejuízo ao atendimento da população e determinou a Clissil que devolva integralmente os valores cobrados indevidamente às usuárias do SUS.

Os auditores que estiveram na unidade no período de 14 a 23 de março deste ano, constataram uma série de irregularidades: além da dupla cobrança, a clínica cobrou por procedimentos não realizados e  praticou procedimento diferente do cobrado. Atualmente, o Ministério da Saúde, por meio do Datasus, realiza cinco auditorias para apurar denúncias de possíveis irregularidades. Todas são resultado das denúncias da população após o recebimento da correspondência. “É importante ressaltar que esta é uma ação totalmente integrada entre diversos setores do Ministério da Saúde: banco de dados que geram a carta, a Ouvidoria que recebe as denúncias e da Auditoria que apura as possíveis irregularidades. Esta integração propicia o combate ao desperdício e à corrupção”, ressalta o diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), Adalberto Fulgêncio.

Em fevereiro, a Carta SUS permitiu ao Ministério da Saúde identificar problema semelhante na cidade de Pontão, no Rio Grande do Sul. A população denunciou a Prefeitura Municipal da cidade, que emitia boletos de cobrança por cirurgias realizadas pelo SUS. Os denunciantes só ficaram sabendo que o procedimento foi totalmente custeado pelo SUS após receberem a correspondência que informava o valor do procedimento. Na ocasião, a prefeitura alegou que não tinha dinheiro para arcar com os gastos da saúde. O caso foi encaminhado ao Ministério Público e está sendo auditado pelo Ministério da Saúde.

TRANSPARÊNCIA – Além do questionário para a avaliação do paciente, a Carta SUS traz dados como a data da entrada no hospital, o dia da alta e o motivo da internação. O usuário – ou familiar ou pessoa próxima – pode conferir se os dados estão corretos e se correspondem ao serviço prestado de fato, além de ter a oportunidade de conhecer o custo total da internação. Os endereços dos pacientes são obtidos nos formulários de Autorização para Internação Hospitalar (AIH), que integra o Sistema (nacional) de Informação Hospitalar. Estes formulários são, portanto, um instrumento essencial para a gestão dos hospitais e o controle de gastos públicos em saúde.

Para o Ouvidor Geral do SUS, Luis Carlos Bolzan, os resultados contribuirão para uma participação cada vez maior da população. ”Queremos que, a partir desses resultados, a população perceba que a Carta SUS é um instrumento para trazer informações para a devida apuração por parte do Ministério da Saúde e essas denúncias podem ser feitas também pelo telefone 136 e no Portal Saúde”, informa.

Em caso de denúncia de possíveis irregularidades na prestação dos serviços, serão abertos processos de auditoria para averiguar se houve ou não inadequações no atendimento aos usuários ou desvio de recursos ou, ainda, má aplicação de verba pública. Além de poder responder a Carta SUS pelos Correios, o usuário pode fazer a avaliação, sem custos, por meio do Disque-Saúde (136). A ligação pode ser feita de telefones fixos, públicos ou celulares, de qualquer local do país. A avaliação também está disponível na internet, no Portal Saúde.

Fonte: Lívia Nascimento / Agência Saúde

Artigos Relacionados

SVS lança plano integrado de ações para combater doenças em eliminação

Nesta quarta-feira (18), a Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde lançou a publicação “Plano Integrado de Ações Estratégicas de Eliminação da Hanseníase, Filariose, Esquistossomose e Oncocercose como Problema de Saúde Pública, Tracoma como Causa de Cegueira e Controle das Geohelmintíases”.

O objetivo do documento é o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas integradas e interprogramáticas efetivas e baseadas em evidências para a redução da carga das doenças em eliminação. A obra apresenta estratégias relacionadas à detecção precoce e ao tratamento oportuno de casos. Além disso, define metas e prioridades até 2015.

O lançamento contou com a participação do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, de representantes das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e de técnicos responsáveis pelas áreas de doenças em eliminação de todos os estados brasileiros. O evento será realizado até a próxima quinta-feira (19) no Hotel Mercure, em Brasília.

A coordenadora de Hanseníase e Doenças em Eliminação da SVS, Rosa Castália, ressaltou a importância da publicação para a eliminação dessas doenças e ainda falou que o plano integrado dará oportunidade aos estados de elaborar ações em conjunto. Para isso, o Ministério da Saúde estará à disposição para auxiliar as SES a realizar este trabalho.

“O lançamento da publicação vai contribuir para a alteração do cenário atual no Brasil, conseguiremos oferecer maior visibilidade para essas doenças. O fato de ser um trabalho integrado nos auxiliará a aumentar a potencialidade das ações, com a ajuda dos estados. Vamos conseguir atingir, ainda, as metas contidas na Resolução nº 19 da Organização Pan-Americana da Saúde, que dispõe sobre o trabalho de eliminação dessas doenças no Brasil”, reforça Rosa Castália.

Segundo a coordenadora, o plano também vai auxiliar programas do Governo Federal, como o Brasil Sem Miséria. “A relação do plano integrado de ações estratégicas com o programa Brasil Sem Miséria é tênue e muito oportuna, porque o plano contribuirá para a redução drástica da pobreza no país”, afirmou.

Os indivíduos com maior vulnerabilidade social apresentam elevado risco de adoecimento e, quando adoecem, têm maior dificuldade de sair de tal condição social. O programa Brasil Sem Miséria, iniciado em 2011, caracteriza-se por uma política intersetorial de redução da pobreza extrema voltada para os 16,2 milhões de brasileiros residentes principalmente em áreas consideradas endêmicas para as doenças em eliminação.

Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde