Vídeos sobre o Laboratório de Inovação na Atenção às Condições Crônicas foram destaque na CIB Paraná

Foram lançados ontem (7), em Curitiba/PR, os vídeos que retratam o trabalho do Laboratório de Inovação na Atenção às Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, cujo objetivo é produzir evidências e conhecimento a respeito da atenção às condições crônicas e acompanhar as experiências de implantação do modelo. A apresentação ocorreu durante a reunião da Comissão Intergestores Bibartite (CIB) do estado do Paraná.

O projeto piloto foi desenvolvido em Curitiba, fruto de parceria entre o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SES/PR), e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMSC). Durante dois anos da implantação do laboratório na SMS de Curitiba, profissionais do município que atuam na gestão e na atenção à saúde foram capacitados para acompanhar os usuários com as doenças crônicas.

Segundo o secretário executivo do CONASS, Jurandi Frutuoso, o projeto teve êxito porque o trabalho da Atenção Primária foi fortalecido e feito em conjunto. “A equipe ficou mais humana, mais solidária e conseguiu trabalhar em harmonia. É isso que precisa ser feito em todas as unidades de saúde para que possamos ter resultados positivos”, disse. Frutuoso acrescentou ainda que os filmes serão distribuídos em todos os municípios brasileiros.

Maria Cristina Arai, coordenadora da Atenção Primária à Saúde (APS) da secretaria do Paraná, falou da importância do laboratório e ressaltou que é preciso ter uma APS organizada para que o projeto se expanda. “Um aspecto que diferenciou esse laboratório foi o trabalho em conjunto, porém, é necessário que os gestores junto com a equipe técnica realizem e multipliquem essas oficinas para que realmente a APS tenha uma base e organização de trabalho”, falou. Cristina acrescentou também que houve uma sensibilização da equipe e partir das conversas em grupo. “Com o processo de trabalho coletivo os atendimentos com os usuários mudou, eles começaram a se sentir mais acolhidos, com isso, conseguimos resultados mais positivos na equipe”, explicou.

O secretário de Estado da Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, ressaltou a alegria de ter recebido o projeto e também destacou que a tecnologia aplicada foi à mudança na relação do profissional de saúde com usuário. “Toda vez que falamos em tecnologia parece que ela vem acompanhada de muitos equipamentos caros, mas a gente viu que para esse laboratório que realmente se fez necessário e fundamental foi à mudança na relação profissional de saúde paciente. Na relação com a equipe, com a direção da unidade”.  Segundo ele, o trabalho realizado no laboratório pode ser feito em qualquer município do Paraná, começando pelo fortalecimento da APS. “Se as nossas ações, as nossas políticas de redes se não forem trabalhadas com capacitação e educação permanente não funcionará. O que fez a diferença no laboratório foram relações construídas”, disse.

Para o secretário municipal de Curitiba, Adriano Massuda, a experiência do laboratório em Curitiba deve ser replicada e ampliada pelo Paraná, mas começando pelo planejamento das estruturas das secretarias de saúde. “Uma das nossas primeiras ações para receber esse laboratório foi criar um departamento da APS, um departamento com as funções e as dimensões de acesso e vínculo e de planejamento”, explicou. Além disso, foi criado um departamento de Redes Assistenciais para acompanhar a Atenção Ambulatorial Especializada nas unidades e saúde.

Segundo a representante da Opas, Elisandréa Kemper, o laboratório foi uma estratégia para melhorar e inovar a forma de cooperação técnica. “Quando a gente fala e inovação, nós não falamos em inovação tecnologia de grande densidade de coisa nova. A gente fala de mudança comportamental, na relação usuário profissional, nos pontos de Atenção Básica”. Kemper relatou também que a Opas no Brasil busca do que já esta sendo feito e tenta qualificar esses resultados positivos com inovações em saúde. “Queremos inovação nos processos de trabalho e nos serviços de saúde, queremos ampliar o foco considerando que o Sistema Único de Saúde – SUS é um grande laboratório”, falou.

O projeto usou a metodologia, desenvolvida em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que foi aplicada para avaliar a implantação do modelo de manejo de crônicas, onde foi utilizado diferentes fontes de informação, além de abordagens quantitativas e qualitativas.

Vídeo 1 – Condições Crônicas: um desafio aos sistemas de saúde

Retrata a incoerência entre o modelo de atenção atual, voltado para atender as doenças agudas e infecciosas, e as necessidades dos usuários com doenças crônicas. Traz a opinião de gestores da saúde que defendem o fortalecimento e a qualificação da Atenção Primária para o enfrentamento da crise. Apresenta o Modelo de Atenção às Condições Crônicas, construído a partir do Modelo de Atenção Crônica, desenvolvido pelo McColl Institute, nos Estados Unidos, e dos Modelos da Pirâmide de Riscos e da Determinação Social da Saúde.

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Vídeo 2 – Laboratório de Inovação na Atenção às Condições Crônicas no Brasil

Explica o que consiste o Laboratório de Inovação, desenvolvido pela Opas e entidades parceiras. Apresenta o objeto do Laboratório de Inovação na Atenção às Condições Crônicas, realizado em Curitiba em 2012.

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Vídeo 3 – Modelo de Atenção às Condições Crônicas: a experiência de Curitiba

Mostra as mudanças ocorridas na Unidade de Saúde Alvorada depois da implantação do modelo de crônicas, por meio da percepção de profissionais de saúde e usuários.

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Vídeo 4 – Auto Cuidado Apoiado

Detalha a ferramenta do Modelo de Manejo das Condições Crônicas, especialmente o Auto Cuidado Apoiado. A tecnologia ajuda a equipe de saúde a apoiar o processo de mudança de comportamento e hábitos de risco dos portadores de doenças crônicas. O objetivo principal é reconhecer qual a disposição da pessoa para um processo de mudança, e auxiliar na adoção de novos hábitos.

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Vídeo 5 – Cuidado Compartilhado

O Cuidado Compartilhado é outra ferramenta do Modelo de Atenção às Condições Crônicas implantado em Curitiba. A ferramenta foi desenvolvida para um atendimento em grupo, baseado no apoio ao processo de mudança de comportamento, e no alcance das metas, relacionadas à condição que a pessoa apresenta. Com essa tecnologia, os usuários conseguem perceber que a saúde não depende de uma receita médica. Que cada um é responsável pela busca de uma condição mais saudável.

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Vídeo 6 – Laboratório de Inovações na Atenção às Condições Crônicas no Brasil

É um vídeo de quase 13 minutos com a compilação de todo trabalho desenvolvido pelo Laboratório.

 

Luiza Tiné – Ascom/CONASS

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