Apresentação do Covitel e baixas coberturas vacinais são pautas das Câmaras Técnicas de Epidemiologia e de Atenção Primária à Saúde do Conass

Representantes dos estados participaram ontem (09), da reunião conjunta das Câmaras Técnicas de Epidemiologia e de Atenção Primária à Saúde do Conass, para discutir sobre o relatório Covitel – Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia e as baixas coberturas vacinais.

A pesquisa foi desenvolvida pela Vital Strategies – organização global de saúde pública, pela Umane – associação civil focada no apoio a projetos sociais voltados à prevenção de doenças e promoção da saúde e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, afirmou ter sido beneficiado ao longo dos anos pela aproximação produtiva dessas entidades, principalmente nos últimos dois anos para enfrentar alguns dos mais difíceis desafios mundiais para a saúde. “Ressaltamos a  importância da união do Conass com as entidades do País que procuram fazer ciência e melhoria na gestão trazendo novas ideias. Isso é fundamental para formular as políticas públicas estaduais”, disse.

A coordenadora da Câmara Técnica de Atenção Primária da Saúde, Maria José Evangelista, também falou da importância de unir as câmaras técnicas e os facilitadores da Planificação da Atenção à Saúde (PAS) com esse tema relevante para as duas áreas. “É importante que os técnicos estaduais que acompanham os projetos sobre essas doenças em seus territórios tenham conhecimento, para assim, planejar as atuações em seus estados”, comentou.

Pedro de Paula, da Vital Strategies, destacou a importância da parceria do instituto com Conass antes mesmo da pandemia e a relevância de desenvolver políticas públicas com evidências. “Esperamos que com esse trabalho do Covitel, baseado em estratégias com evidências e orientada por dados, sejam desenvolvidas publicações para reduzir a mortalidade e as desigualdades no Brasil”, destacou.

Para Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do Conass e coordenador da Câmara Técnica de Vigilância Sanitária, o objetivo da reunião conjunta é apresentar os dados os técnicos dos estados e mostrar como a pandemia afetou as Doenças Crônicas não Transmissíveis e dos seus fatores de risco e quais serão as consequências nos próximos anos. “É importante pensar e trocar ideias sobre como será o cenário daqui para frente e planejar as políticas públicas de saúde para obter êxito”, colocou.

A superintendente geral da Umane, Thais Junqueira, falou a respeito da associação, que foca em projetos sociais voltados à prevenção de doenças e promoção da saúde para melhorar a qualidade de vida da população. “Entendemos como é importante trabalhar em parceria com outros atores da sociedade civil e fomentar inovações, o uso de dados e tecnologia para que eles sejam incorporados pelo poder público e por cada região”, destacou.

Pedro Hallal, representante da UFPel, explicou durante a apresentação do relatório que mesmo em um curto período de pesquisa, a parceria com o Conass ajudou a mostrar a importância do Covitel. “Nós pensamos em trazer pelo inquérito telefônico algumas novidades metodológicas, além da necessidade de fazer um relatório sobre doenças crônicas e seus principais fatores de risco”, explicou.

Além da apresentação, ficou decidido também que haverá outra reunião conjunta das câmara técnicas para tratar sobre as mobilizações de enfrentamento das baixas coberturas vacinais.

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