Data conscientiza sobre a importância do controle das infecções hospitalares

A higienização correta das mãos de profissionais de saúde, pacientes e visitantes ainda é uma das melhores maneiras de prevenção

Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares sensibiliza profissionais de saúde. Foto: Geovana Albuquerque – Arquivo Agência Saúde-DF

O Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares é lembrado neste 15 de maio. A data tem como finalidade a sensibilização dos profissionais de saúde, gestores, população e autoridades sanitárias quanto ao grave problema de saúde pública representado pelas infecções adquiridas dentro de serviços de saúde.

Rafaella Bizzo, gerente de Risco em Serviços de Saúde Substituta, destacou que as infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras) “ocasionam doenças mais graves, prolongam o tempo de internação, aumentam os custos de tratamento e causam mortes desnecessárias”. Ela lembrou que dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as Iras estão entre as maiores causas de morte e aumento da morbidade entre os pacientes hospitalizados.

Hoje, o controle de infecções hospitalares no Distrito Federal é realizado de duas formas: localmente, dentro dos serviços de saúde por protocolos e medidas de prevenção, e externamente, por meio das fiscalizações e das normas das autoridades sanitárias.

Dentro dos hospitais a prevenção e o controle das infecções é de responsabilidade das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Na Vigilância Sanitária do DF, a Gerência de Risco em Serviços de Saúde (GRSS) é a unidade responsável pelo monitoramento e fiscalização dessas ações, bem como das taxas de infecção de todos os hospitais.

A GRSS tem atuação na promoção da segurança do paciente e na qualidade da assistência à saúde por meio do controle e monitoramento de riscos sanitários decorrentes de serviços, processos de trabalho e uso de tecnologias em saúde.

Controle de infecções na capital é feito local e externalmente. Foto: Breno Esaki – Arquivo Agência Saúde-DF

Prevenção e controle

Sobre a prevenção e o controle das infecções em serviços de saúde, Rafaella ressalta que as mãos dos profissionais são o principal meio de transmissão de microrganismo durante a prestação da assistência. “A higienização das mãos é a medida mais simples e efetiva para evitar a transmissão de infecções e deve ser adotada tanto pelos profissionais de saúde como por visitantes e familiares. Pode ser com água e sabão ou com álcool 70%”, informou.

Outras ações de prevenção e controle que também merecem destaque dentro dos serviços de saúde e são destinadas principalmente aos profissionais e colaboradores são: a adequada realização da limpeza e desinfecção de superfícies e ambientes; o respeito às precauções de isolamento necessárias a alguns tipos de doenças; o gerenciamento do uso de antimicrobianos, dentre muitas outras.

“Caso seja necessário o contato com o paciente, higienizar as mãos antes e após tocá-lo. Além disso, não sentar na cama do paciente e evitar tocar em maçanetas, corrimãos, paredes, mobiliário e superfícies hospitalares, como macas, grades, suportes de soro, equipamentos etc. Em caso de necessidade, fazer a devida higienização das mãos”, orientou. Os profissionais, pacientes, acompanhantes e visitantes devem seguir as normas e orientações da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, que é o setor responsável pelas medidas de prevenção.

Pós-covid-19

Rafaella Bizzo lembra que o novo coronavírus também colaborou para o aumento das infecções hospitalares por uma série de alterações nos processos assistenciais e pela sobrecarga de atendimento durante o período da pandemia. “As visitas aos pacientes foram liberadas e isso reforça que precisamos seguir firmes com as medidas de prevenção de infecções orientadas dentro dos serviços de saúde”, alertou.

A gerente ainda ressalta a importância de observar as normas definidas em cada instituição de saúde com relação à entrada com alimentos ou flores, e quanto ao número de visitantes permitidos. Ela explica que as flores representarem risco para a entrada de insetos e de infecções transmitidas por fungos e outros agentes,

As visitas aos recém-nascidos são permitidas, porém, com cautela. “Esses pacientes possuem o sistema imunológico imaturo e podem facilmente adquirir infecções e evoluir com gravidade”, conclui.

Fonte: Jurana Lopes, da Agência Saúde | Edição: Margareth Lourenço