Dia Mundial da Hipertensão alerta população sobre como prevenir doença 

Fatores genéticos podem ocasionar a enfermidade, mas manter estilo de vida saudável é a melhor forma de evitar a enfermidade

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das principais responsáveis  por doenças cardiovasculares como, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. Foto: Breno Esaki/Arquivo-SES

Na terça-feira (17), foi o Dia Mundial da Hipertensão. A data chama a atenção para os cuidados que a população deve tomar para evitar a doença. Silenciosa, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das principais responsáveis  por doenças cardiovasculares como, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. A hipertensão arterial ou pressão alta ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins.

A Referência Técnica Distrital (RTD) de Cardiologia da Secretaria de Saúde, Rosana Costa Oliveira, explica que a Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença frequente, de prevalência crescente no Distrito Federal, no Brasil e no mundo.

“Em 2010, a prevalência de adultos com hipertensão era de 23% e em 2019 atingiu 28,5%, o que reflete aumento em torno de 22%. Hoje, se configura como importante causa de outras doenças que podem causar morte e trazer incapacidades, atingindo as pessoas em plena vida produtiva, sendo responsável por um alto custo para o sistema de saúde, bem como para a sociedade, famílias e indivíduos”, avalia.

Doença é silenciosa e pode ocasionar em doençs cardiovasculares. Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF

A cardiologista destaca que estudo nacional identificou que os custos totais de hipertensão, diabetes e obesidade alcançaram R$ 3,45 bilhões para o SUS. Desses custos, 59% foram referentes ao tratamento da hipertensão. No total, 72% dos custos foram com indivíduos de 30 a 69 anos de idade e 56%, com mulheres. Em virtude disso, prevenir a doença e suas complicações deve ser prioridade na saúde pública.

A hipertensão arterial ocorre quando a medida da pressão se mantém acima de 140 por 90 mmHg. Segundo a RTD de Cardiologia, há uma associação direta e linear entre envelhecimento e prevalência de hipertensão. Além disso, entre outros fatores de risco estão o  sobrepeso e a obesidade,  consumo excessivo de sódio e o consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas, que aumenta a pressão arterial de forma consistente.

Além disso, há os fatores genéticos que contribuem para o aparecimento da doença, além de maus hábitos alimentares e falta de exercícios físicos. A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor tratamento para cada paciente, mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável.

Estilo de vida saudável pode prevenir e ajudar no controle da doença. Foto: Breno Esaki/Arquivo-SES

Entre as dicas para evitar o aparecimento da doença estão: manter o peso adequado; não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos; praticar atividade física regular; aproveitar momentos de lazer; abandonar o fumo; moderar o consumo de álcool; evitar alimentos gordurosos e; controlar o diabetes.

Todas as unidade básicas de saúde do DF oferecem tratamento e acompanhamento para a hipertensão arterial, inclusive, com grupos de apoio e informações. Para tratar a doença, é preciso mudar o estilo de vida e seguir a prescrição médica.

Por Jurana Lopes, da Agência Saúde-DF | Edição: Margareth Lourenço