Gestores e técnicos das SES participam do 2º episódio da Jornada para entender o SUS

Apresentar e discutir em conjunto os tantos temas relevantes da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de uma visão geral do sistema, incluindo o seu funcionamento, organização, políticas e princípios orientadores, tais como a universalidade, equidade e integralidade, são os objetivo da Jornada Para Entender o SUS. “Tivemos essa ideia não só porque estamos no início de uma nova gestão, mas porque sabemos que os assuntos das Câmaras Técnicas estão interligados e merecem ser debatidos sob diferentes pontos de vista da gestão estadual”, disse Tereza Cristina Lins, assessora técnica do Conass.

No 2º episódio foi apresentado pelo colaborador do Conass, Marcos Matos a história, desafios, os cuidados primários de saúde como essenciais para o sistema de saúde, baseados em métodos e tecnologias e seus marcos, como a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, a Política Nacional de Atenção Básica e a Carta de Sergipe. “É importante resgatarmos a essência desse cuidado para que possamos fazer políticas públicas em conjunto visando sempre o fortalecimento da APS como principal porta de Rede de Atenção a Saúde”, disse.

Segundo ele, a partir desses marcos houve avanços nas estruturas, nos processos e resultados, na equidade do acesso e reconhecimento internacional e desafios. “Precisamos nos organizar para enfrentar essas fragilidades encontradas na Atenção Primária ao longo desses anos. É necessário fortalecer dentro da gestão estadual a Rede de Atenção à Saúde em conjunto com as outras áreas”, falou.

Vigilância em Saúde

Durante o encontro, Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do Conass, enfatizou o desafio da gestão estadual, que tem sido insuficiente na incorporação da Promoção e da Vigilância em Saúde nos diversos pontos de atenção à saúde, inclusive na Atenção Primária, que deve cumprir o papel de coordenação do cuidado “Se continuarmos trabalhando sempre da mesma forma, os resultados serão os mesmos. É fundamental que para introduzir essa discussão de Vigilância em Saúde, nós trabalhemos com um novo modelo de atenção”, disse.

Nereu destacou também o número de mortes em pacientes com doenças crônicas, principalmente, as causadas pelos aparelhos respiratório e circulatório e as doenças infecciosas e parasitárias, que já estavam elevadas antes mesmo da pandemia. “Temos que colocar em prática a integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Primária para termos o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população”, falou.

O técnico falou ainda sobre a Política Nacional de Vigilância em Saúde, que é definida como uma política pública de Estado e função essencial do SUS, com caráter universal, transversal e orientadora do modelo de atenção à saúde nos territórios. Sua efetivação depende de seu fortalecimento e articulação com outras instâncias do sistema de saúde, enquanto sua gestão é de responsabilidade exclusiva do poder público.

Ao final do encontro, o assessor técnico do Conass, Fernando Avendanho, ressaltou a importância da integração dos grupos. “A Atenção Primária nos oferece um outro olhar e com diferentes análises para construir políticas para o SUS. Isso nos mostra como precisamos trabalhar em conjunto para termos políticas públicas cada vez mais efetivas”, comentou.

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