Projeto ATS Educação – ProadiSUS é apresentado na Assembleia do Conass

Um dos objetivos é capacitar as equipes técnicas das SES para a análise crítica de evidências científicas

Foi apresentado hoje (23), aos secretários estaduais de saúde, durante a Assembleia do Conass, o Projeto ATS Educação – ProadiSUS, que tem como objetivo promover a capacitação de profissionais que atuam no SUS em saúde baseada em evidências e metodologia científica para o desenvolvimento de projetos e sua aplicação na Avaliação de Tecnologias em Saúde, a fim de proporcionar capacidade técnica para a produção e análise crítica de evidências científicas, necessária para o processo de incorporação de tecnologias em saúde e o planejamento de políticas públicas no SUS.

“Nosso objetivo é criar estruturas com capacidade de responder às demandas dos gestores sobre essa temática. Essas estruturas também apoiarão o Conass na questão da incorporação de tecnologias a nível central”, disse o assessor técnico do Conass, Heber Dobis.

Para desenvolver o projeto que se dá em parceria com o Hospital Moinho de Ventos (HMV), será realizada no primeiro momento um diagnóstico situacional para aplicação da ATS nas secretarias estaduais de saúde (SES) a fim de se compreender a estrutura disponível em cada SES para a área, além de traçar o perfil de profissionais disponíveis para as capacitações, conforme explicou a consultora técnica responsável pelo projeto no hospital, Aline Andrea Cunha.

Ela destacou a importância do projeto para as secretarias. “ A ATS tem esse papel importante de apoiar o gestor na tomada de decisão no que diz respeito à incorporação de tecnologias. Essa iniciativa permitirá às SES terem uma equipe técnica capacitada para a análise crítica de evidências científicas”, observou.

O projeto prevê estruturação de Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) para implantar, fortalecer e disseminar a ATS entre as SES.

Como público-alvo foram definidos profissionais que atuem na gestão estadual de serviços de saúde do SUS nos 26 estados e no Distrito Federal, envolvidos com o processo de tomada de decisão ou que sejam apoio técnico nesse processo.

Para a diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde (DGITIS), Vania Canuto, o projeto é fundamental não só para as secretarias, como também para o SUS, pois mudará a lógica atual das demandas de incorporação de tecnologias ao também inserir os estados na Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats). “Hoje a maioria das demandas que recebemos são de empresas e da indústria farmacêutica. Ao inserir os estados nessa rede, passaremos a receber as demandas qualificadas que vêm a partir das necessidades reais de saúde que vocês apontarem”, explicou.

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