Saúde elabora recomendações para cuidados de gestantes e puérperas com a Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materno, Infantil e Fetal, elaborou uma série de recomendações clínicas e operacionais para cuidados de gestantes e puérperas com a Covid-19.

Os protocolos são destinados a profissionais de saúde de toda a rede assistencial, ou seja, Atenção Primária, Ambulatorial Especializada e hospitalar. O objetivo é o de prevenir óbito nestas mulheres, que são consideradas naturalmente grupos de risco frente ao novo coronavírus. O passo seguinte é fazer chegar e conquistar a adesão dos profissionais de saúde, principalmente, médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde (UBS), maternidades e hospitais

A médica sanitarista do comitê, Priscilla Batista, explica que no cenário pandêmico, vencer a mortalidade materno-infantil e fetal, é um desafio de todos. No panorama da mortalidade materna, as donas de casa, empregadas domésticas e lavradoras lideram as estatísticas, com ênfase para as mulheres negras, pardas e pobres. “Ao elaborarmos esta série de recomendações que irão orientar a conduta dos profissionais, principalmente, do médico e do enfermeiro, no cuidado com estas mulheres, queremos exatamente barrar estas mortes. E como vamos conseguir isso? Com a prevenção, que se dá desde o planejamento familiar, ao acesso aos métodos contraceptivos, passando por um pré-natal de qualidade e ao acesso a maternidades e leitos de UTI, quando for necessário”, relacionou.

Priscilla acentuou a importância das recomendações ao lembrar que a Covid-19 é um agravo novo, envolvido em muitas pesquisas, porém, demanda ainda mais conhecimento por parte dos profissionais de saúde. “Estabelecemos condutas clínicas e operacionais para o manejo dessa gestante ou puérpera com a Covid-19 em isolamento domiciliar, em adoecimento moderado e em estado grave. Acreditamos que elas irão auxiliar as equipes de saúde como proceder em qualquer ponto da rede”, reforçou.

As recomendações foram elaboradas a partir de debates com as áreas técnicas das unidades de saúde, principalmente dos hospitais, e contou com a contribuição da fetologista (especialista em medicina fetal) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Maria Carolina Maia. De acordo com Priscila Batista, a partir de agora os esforços estarão concentrados na definição de estratégias para que as recomendações sejam incorporadas na rotina dos profissionais que estão na ponta da assistência à saúde.

Por Conceição Soares

SES/SE