VI Encontro Nacional da Rede CIEVS

Começou na manhã de hoje (9) o VI Encontro Nacional da Rede CIEVS – Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, com o objetivo de reunir e avaliar práticas exitosas implementadas pela Rede CIEVS no desenvolvimento e aplicação de ferramentas e ações implementadas nos âmbitos estadual, municipal, nas fronteiras e nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) para detecção, monitoramento, alerta, resposta e comunicação durante a pandemia de Covid-19. O encontro visa também realizar simulado de Emergências Epidemiológicas para os profissionais da Rede CIEVS, de forma a qualificar a rede, e avaliar as lições aprendidas e propostas de aprimoramento dos processos de trabalho.

A cerimônia de abertura contou com a participação do presidente do CNS, Fernando Pigatto; do assessor técnico do Conasems, Alessandro Chagas; do secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso; do vice-presidente Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), da Fiocruz, Marco Krieger; da representante da Opas no Brasil, Socorro Gross; e do secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.

Socorro Gross
Marco Krieger
Arnaldo Medeiros
Alessandro Chagas
Jurandi Frutuoso

Frutuoso destacou que o momento é de defesa do SUS como direito dos cidadãos e como proteção sanitária do país. Ele falou a respeito do papel dos estados durantes os dois anos de pandemia, enfatizando que o financiamento da saúde não corresponde à atuação e aos desafios do sistema. “O Congresso Nacional renega, todos os anos, o financiamento do SUS. Enquanto as Emendas Parlamentares chegam à R$ 36 bilhões, o orçamento da saúde é corrigido pela inflação”, pontuou.

Outros desafios elencados por Frutuoso foram a reversão do modelo assistencial de condições agudas para condições crônicas; a incorporação de leitos de UTI abertos na pandemia à rede assistencial do SUS; o fortalecimento da coordenação central a fim de evitar políticas fragmentadas e isoladas; o cuidado à saúde dos cidadãos que tiveram tratamentos e cirurgias adiados pela pandemia; o avanço da tecnologia em saúde e da telemedicina para avançar no atendimento às demandas de saúde da população, especialmente nas regiões mais remotas.

“A pandemia mostrou a capacidade dos estados em responder a demandas urgentes com agilidade que a pandemia impôs. Em três meses, foram adquiridos, instalados e colocados em funcionamento mais de 11 mil leitos de UTI. No entanto, é o trabalho conjunto entre os entes que fortalece o SUS e a vacinação contra a Covid-19 é o maior exemplo disso, por isso, é preciso fortalecer a gestão tripartite não só para pactuação e formulação de política, mas como ambiente de resistência e defesa do SUS, com transparência e exemplo democrático para o país”.

A ausência de uma comunicação estratégica também foi apontada por Jurandi como um grande desafio, argumentando que a imagem do SUS, fortalecida durante a pandemia, seja reforçada a fim de fortalecer a reestruturação da rede assistencial que precisa ser recomposta, assim como da Vigilância em Saúde, com capacitação e expansão da atuação dos Cievs.

A aproximação entre academia e gestão; a defesa dos direitos sociais; o fortalecimento do pacto federativo; o financiamento adequado; e o estabelecimento de um novo contrato social em defesa do país e de todos os brasileiros encerraram a fala do secretário executivo do Conass.

O evento ocorre até o dia 12 e está sendo transmitido virtualmente. Clique neste link para acessar: https://www.redecievs.com/

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Ascom Conass

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