A presidente do Conass, Tânia Mara Coelho, participou, nesta segunda-feira (29), do Seminário Sustentabilidade do SUS, realizado em Brasília. O encontro foi promovido pelo Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde, em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Saúde, o Instituto Rui Barbosa, o Conass e o Conasems.
Na abertura, Tânia falou da relevância de seminários como esses para aproximar gestores e órgãos de controle. “O Brasil tem o maior sistema público universal de saúde do mundo, mesmo com suas falhas. Seminários assim são fundamentais para qualificar nossos profissionais, fortalecer a gestão e avançar continuamente”, declarou.
Ela lembrou ainda os desafios do Brasil com dimensões continentais, citando municípios da região amazônica que ainda dependem de geradores de energia elétrica, ressaltando que esse é o tamanho do desafio que o País ainda enfrenta.
O ministro do TCU, Augusto Nardes, destacou a importância da governança para garantir a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e de toda a administração pública. “A boa governança se constrói pela troca de boas práticas e pelo aprendizado mútuo, para que possamos entregar resultados concretos à sociedade”, afirmou.
Segundo Nardes, o seminário proporciona não apenas diálogo, mas também interação e integração entre os participantes, reforçando a importância do aprendizado compartilhado para fortalecer a gestão pública e melhorar os resultados para a população.
Já o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, ressaltou que a sustentabilidade é um dos maiores desafios enfrentados não apenas pelo Brasil, mas pelos sistemas de saúde de todo o mundo. Ele citou fatores como o envelhecimento populacional e a incorporação de novas tecnologias, que pressionam cada vez mais os recursos disponíveis. “A complexidade é ainda maior no caso brasileiro, pois temos o SUS como um sistema universal e integral, que precisa ser preservado e fortalecido”, disse. Massuda defendeu o fortalecimento da governança tripartite, com cooperação entre União, estados e municípios, destacando a importância da Comissão Intergestores Tripartite.
Após a mesa de abertura, Tânia também participou da mesa Entes Federativos na Sustentabilidade do SUS, onde abordou questões como o envelhecimento populacional, o impacto das doenças crônicas, a sobrecarga do sistema e a necessidade de fortalecimento da atenção primária. Ela destacou a importância do fortalecimento da Atenção Primária à Saúde , que atua como porta de entrada do cidadão e ordenadora do cuidado em saúde. “A atenção primária é essencial na promoção da educação em saúde, prevenção de doenças e incentivo a hábitos saudáveis, essas medidas são fundamentais para reduzir a sobrecarga do sistema”, enfatizou. Tânia disse ainda que a educação da população é um pilar indispensável para a sustentabilidade do SUS.