Conass e parceiros celebram resultados do Vigiares e reforçam compromisso com a continuidade das ações

O encontro de encerramento do projeto Vigiares: Fortalecimento da Capacidade de Vigilância, Preparação e Resposta a Eventos com Potencial de se Tornarem Emergências de Saúde Pública, foi realizado nesta terça-feira (12), em Brasília, e reuniu representantes das secretarias estaduais de saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com apoio do Ministério da Saúde, técnicos do Conass e parceiros institucionais para fazer um balanço dos avanços e resultados alcançados ao longo da iniciativa.

Lançado em fevereiro de 2024, o projeto tem como objetivo fortalecer a preparação e a resposta oportuna a eventos com potencial de se tornarem emergências de saúde pública, com ênfase, nesta primeira fase, o monitoramento e cuidado das Síndromes Respiratórias Agudas. Desde então, foram realizadas uma série de oficinas regionais nos estados, voltadas ao fortalecimento das ações de vigilância em saúde.

Para o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, o projeto representa um legado positivo da pandemia. “O Vigiares, que está em seu 16º mês de execução, já conta com a adesão dos 27 estados, todos participantes das oficinas realizadas. O compromisso agora é efetivar as ações planejadas”, destacou. Frutuoso ressaltou ainda que a elaboração dos planos estaduais de preparação é o objetivo central do Vigiares e que o trabalho deve ter continuidade, consolidando avanços e resultados duradouros.

O assessor técnico do Conass, Fernando Avendanho, lembrou que o encontro marca o encerramento de um ciclo de atividades, mas também o início de uma nova etapa, com a continuidade das estratégias e ações voltadas ao aprimoramento do sistema de vigilância.

O médico e diretor do ITpS, Gerson Penna, destacou que a trajetória do Vigiares reforça uma convicção essencial: a importância da cooperação entre instituições para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir respostas mais eficazes em situações de crise.

Ele também enfatizou a necessidade de monitorar e atualizar continuamente os planos de preparação, sobretudo diante da rotatividade de profissionais e gestores. “É essencial que o Brasil esteja plenamente preparado para enfrentar futuras emergências de forma integrada, assim como o SUS demonstrou capacidade e união durante a pandemia da Covid-19”, pontuou.

O consultores do Departamento de Emergências em Saúde da OPAS, Marc Rondy, e de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres, Rodrigo Said, destacaram que o projeto fortaleceu a coordenação estadual nas ações de vigilância, preparação e resposta a eventos respiratórios com potencial epidêmico ou pandêmico, permitindo que cada estado elaborasse seu próprio plano de ação com base na iniciativa Mosaico — um conjunto de abordagens de vigilância integradas, colaborativas e direcionadas, que se complementam como peças de um mosaico. Para eles, trata-se de um exemplo inspirador e pioneiro em nível global, por traduzir um marco conceitual em resultados práticos e operacionais no âmbito subnacional, desde a identificação de áreas que demandam aprimoramento até o fortalecimento de protocolos de controle de surtos em instituições e da vigilância de eventos incomuns em serviços de saúde e comunidades.

Ao final da reunião foi destacada a importância de todos estarem o mais preparados possível para lidar com eventos inesperados, enfatizando que a integração entre diferentes setores é essencial para evitar lacunas decorrentes do distanciamento das rotinas diárias. Além disso, ficou o compromisso coletivo de manter o diálogo permanente e aprimorar os planos de preparação e resposta a emergências em saúde.

Também participaram das discussões os assessores do Conass, Nereu Henrique Mansano e Luciana Vieira, e o gerente do Cieges, Sandro Terabe, que destacaram a relevância da continuidade das ações e do fortalecimento da colaboração entre estados e instituições parceiras.