Agora, vítimas de abuso contam com atendimentos centralizados no HMI

O abuso sexual contra a mulher é percebido como problema também de saúde pública no estado.  Há dois anos, no Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) funciona os serviços de cuidados especializados às mulheres vítimas de abuso que dão entrada na unidade.

Para aprimorar o serviço da equipe multiprofissional de orientação e acompanhamento, será implementada nesta quarta-feira, dia 6, no HMI, a Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência. A ação faz parte das atividades da 6ª semana Estadual da Mulher, em alusão ao dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

A partir de hoje, qualquer vítima desse tipo de crime, que der entrada na unidade, não vai precisar mais se deslocar até à Delegacia de Mulheres ou outro distrito policial. As equipes serão acionadas para que desde o Boletim de Ocorrência até os exames para a confecção dos laudos sejam feitos dentro da maternidade.

A rede de proteção é uma parceria mantida entre as Secretarias de Estado da Saúde (Sesau) e de Segurança Pública (Sesp). O trabalho visa melhorar o fluxo que já existe na unidade e ofertar um serviço integrado entre a Maternidade, Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e Instituto de Medicina Legal (IML).

Com o projeto, a mulher terá mais tranquilidade de encontrar em um só local os serviços que precisa. “A violência não é uma doença embora cause lesões, dor, sofrimento. Então concentrar desde o atendimento médico até exames que eram feitos no IML, em um só local, sem dúvida é um passo a mais que o Estado dá na garantia de direitos dessa mulher”, disse o secretário de Estado da Saúde, Leocádio Vasconcelos.

De acordo com Ana Carolina Brito, diretora-geral da maternidade, o fluxo de atendimento já existe, e é feito por assistentes sociais, psicólogos, médicos e enfermeiros. Agora, a mulher terá o apoio da parte legal agregada dentro da unidade, ou seja, sem precisar se deslocar a vários locais para registrar casos de abusos. “A parceria visa poupar e dar maior conforto à mulher, para que não seja revitimizada, além de oferecer um atendimento humanizado de forma integral”, explicou.

Celton Ramos/Sesau
ASCOM SESAU (95) 2121 0507

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