Banco de Leite Humano tem alta em número de doadoras e bebês atendidos

Mais de 7,1 mil mulheres participaram da rede em 2022, beneficiando cerca 14,6 mil crianças; mesmo assim, houve queda no volume de leite coletado

Para manter os estoques em nível seguro, o ideal é que sejam coletados 2 mil litros de leite por mês | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

A Rede de Banco de Leite Humano do Distrito Federal fechou 2022 com saldo positivo em relação à quantidade de doadoras e bebês atendidos. No ano passado, 7.160 mulheres participaram da rede de solidariedade e ajudaram a nutrir 14.577 crianças – que receberam a doação uma única vez ou por meses. Os números são maiores do que os registrados em 2021, quando 6.582 mães doaram o insumo valioso a 13.942 bebês.

Apesar disso, houve queda no total de leite humano coletado entre um ano e outro. Em 2022, foram recebidos 18.353,4 litros de leite humano – 4% a menos do que em 2021, quando a arrecadação chegou a 19.144,8 litros.

A coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano da Secretaria de Saúde (SES), Miriam Santos, salienta a importância da divulgação da iniciativa: “Em conversas entre mulheres, sempre surge o assunto de que não sabem que podem doar leite. Por isso, devemos levar a informação a todas. Todos os dias nascem novas mães e bebês, assim como nascem novos prematuros. São mulheres com potencial para ajudar e mulheres que precisam dessa ajuda para alimentar seus filhos”.

A especialista explica que, para manter os estoques em nível confortável, o ideal é que haja coleta de 2 mil litros de leite por mês – meta que não foi alcançada nos dois últimos anos. Em 2022, a média mensal de coleta foi 1.529,45 litros; em 2021, de 1.595,4 litros.

Segundo a gestora, é necessário avanço na arrecadação para possibilitar o atendimento a crianças internadas independentemente do período do ano, bem como a ampliação da cobertura. “Conseguiríamos manter o estoque no período de férias, entre novembro e fevereiro, quando as mães costumam estar indisponíveis para a doação, e expandir a rede de atendimento a outras crianças que, apesar de não estarem internadas, também precisam da doação”, afirma.

Acolhimento

Outro destaque positivo em relação ao trabalho da Rede de Banco de Leite Humano do DF é o aumento no número de atendimentos individuais de amamentação, indicando uma recuperação após a pandemia do novo coronavírus. Em 2022, foram registradas 170.662 consultas com mães e bebês; em 2021, foram 143.811; em 2020, 134.638 e em 2019, 129.758.

Mulheres em fase de amamentação podem buscar o suporte do programa, que oferece atendimento interdisciplinar para garantir o sucesso do aleitamento materno. “O nosso trabalho envolve não só a doação, mas também o auxílio a todas as mulheres que querem amamentar seus filhos, mas, por algum motivo, não podem”, explica Miriam Santos.

Doe leite materno e ajude bebês a se recuperarem
Para doar leite humano, a mulher precisa estar em boas condições de saúde, amamentando ou fornecendo leite para o próprio filho, e se dispor voluntariamente a participar da rede de solidariedade. A mãe recebe em casa um kit completo contendo máscara, touca e potes esterilizados para fazer a coleta. O material é entregue por agentes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que retornam posteriormente para recolherem as doações.

A mulher não precisa se preocupar em encher o recipiente de uma vez, e qualquer quantidade doada é bem-vinda. Aquelas que desejarem doar devem ligar no telefone 160 (opção 4) ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília..

Mais informações sobre os bancos de leite humano podem ser obtidas neste link.

Da Agência Brasília