A obra apresenta a Planificação da Atenção à Saúde (PAS) como uma estratégia estruturante para organizar o Sistema Único de Saúde (SUS) em Redes de Atenção à Saúde (RAS). Ela reforça que a PAS nasce da necessidade de enfrentar a predominância das condições crônicas em um sistema historicamente fragmentado e voltado para condições agudas. Para isso, a publicação sistematiza fundamentos normativos, conceituais e operacionais que orientam a construção de redes integradas, com a Atenção Primária à Saúde (APS) no papel de coordenadora do cuidado.
A PAS é apresentada como um processo que transforma princípios do SUS em práticas concretas, conectando territórios, equipes e níveis de atenção por meio de macroprocessos, linhas de cuidado, educação permanente e governança. A estratégia busca qualificar o cuidado, reduzir a variabilidade clínica, otimizar o uso dos recursos e ampliar o valor social gerado. Também reforça a importância da estratificação de risco, da longitudinalidade, da coordenação do cuidado e do manejo proativo das condições de saúde.
A trajetória histórica da PAS demonstra sua evolução de experiências locais para uma estratégia nacional, estruturada em cooperação entre Conass, Estados, Municípios e instituições como Beneficência Portuguesa, Einstein, Umane e Opas. Avanços como laboratórios regionais, expansão para novas regiões, integração APS–AAE–Atenção Hospitalar e incorporação de temas como Cuidados Paliativos consolidam a planificação como um caminho sustentável para organizar redes, qualificar processos e fortalecer a governança no SUS.
Planificação da Atenção à Saúde, Redes de Atenção à Saúde, Atenção Primária à Saúde, organização do SUS, cuidados integrados, modelo de atenção crônica, governança em saúde, Conass, Proadi-SUS, saúde pública no Brasil