Câmara Técnica de Atenção Primária à Saúde discute projeto para detecção precoce de câncer e melhorias na Atenção Primária

Aconteceu na quarta-feira (17), de forma virtual, a reunião da Câmara Técnica do Conass de Atenção Primária à Saúde, coordenada pela assessora técnica do Conselho, Maria José Evangelista.

O encontro contou com a participação da diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Angela Leal, e do coordenador do projeto PlanificaSUS do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) , Márcio Paresque. Ambos apresentaram o projeto Detecta APS: Prevenção do Câncer de Colo e Mama, que tem como objetivo implementar diretrizes para a detecção precoce dos cânceres de mama e colo do útero nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) nas regiões Norte e Nordeste do país.

O projeto também prevê a capacitação de profissionais e gestores da APS, em todo o território nacional, para o enfrentamento desses tipos de câncer.

Angela falou da relevância em compartilhar o início da fase de implementação do projeto nos territórios, destacando a parceria com Proadi-SUS e a importância do apoio dos presentes para a capilaridade e execução eficaz do processo.

Durante a reunião, Evangelista também falou da construção dos indicadores de indução de boas práticas na Atenção Primária. Esses indicadores servirão de base para o monitoramento das ações realizadas pelas equipes nos territórios, integrando a estratégia de incentivo financeiro voltada à melhoria contínua do cuidado.

Além disso, a professora Helena Shimizu, da Universidade de Brasília, apresentou uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde, com foco nas Redes de Atenção à Saúde para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) nos níveis estadual, regional e municipal. O estudo subsidiará a construção de um modelo lógico para a política de DCNT, em parceria com diferentes áreas do Ministério da Saúde.

A nova pesquisa visa complementar um estudo anterior sobre o tema, ampliando a análise sobre a estrutura, governança, apoio logístico e laboratórios das Redes, além de acompanhar a evolução de indicadores relacionados a doenças como diabetes, hipertensão e câncer ao longo dos últimos 10 anos.