Câmara Técnica de Epidemiologia debate estratégias para ampliar a cobertura vacinal 

Técnicos das Secretarias Estaduais de Saúde reuniram-se hoje (19), para o segundo dia da Câmara Técnica de Epidemiologia, em Brasília, coordenada pelos assessores técnicos do Conass, Nereu Henrique Mansano e Fernando Avendanho.

Nereu enfatizou a relevância da reunião, principalmente no que diz respeito ao debate sobre a recuperação das coberturas vacinais e das estratégias de saúde digital e os sistemas de informação da Vigilância em Saúde. “Com esses encontros, os debates e as apresentações, conseguimos esclarecer como estão as informações de dados, como podemos intervir e identificar qual seria o caminho para melhorarmos a cobertura vacinal”, disse na abertura do encontro.

A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Lely Gusman, apresentou a metodologia do Microplanejamento, o programa que está sendo aplicado pela Opas para recuperar a cobertura vacinal. Segundo ela, o processo de revigoramento do programa de imunização só poderá acontecer em todo o Brasil através da comunicação, da comunidade e com o envolvimento com todos os estados. “Esse processo da cooperação para a recuperação das coberturas vacinais é um compromisso que temos com o mundo todo, mas é preciso ter um método com qualidade, uma agenda de imunização e estratégias, para que a metodologia seja aplicada”, disse.

Sobre os pontos apresentados pela Lely sobre o programa, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Eder Gatti, afirmou que o Ministério da Saúde usará a metodologia por acreditar no projeto e por acreditar ser possível ter bons resultados além daquilo que já é feito nos estados “Nossa ideia é dar um incentivo para os estados para que todos consigam aplicar a metodologia em seus territórios para que haja uma a recuperação da cobertura vacinal em todo país”, disse.

O coordenador falou ainda da importância do Sistemas de Informação em Saúde para que tenha uma ampla cobertura vacinal. Segundo ele, essa sistematização se faz através do conjunto de componentes que coletam, processam, armazenam e distribuem informação para apoiar o processo de tomada de decisão e auxiliar no controle das organizações de saúde. Nereu destacou também que para que os sistemas de informação consigam chegar aos objetivos, é preciso considerar as necessidades e atribuições nas três esferas de gestão.

Outra pauta discutida foi sobre as arboviroses: situação epidemiológica e propostas para manejo e controle; a situação epidemiológica atual; complicações neurológicas; vigilância e manejo clínico das arboviroses – principais resultados da reunião nacional realizada em março de 2023 e as ações de controle vetorial sob as perspectivas da gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Além dos técnicos estaduais e representantes do Ministério da Saúde, o encontro contou com a presença dos coordenadores estaduais de imunização.

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