O Ministério da Saúde começa a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro lote de preservativos femininos. Até o final desta semana, serão enviados aos estados e ao Distrito Federal 2,2 milhões de unidades do produto. Ao todo, foram adquiridas 20 milhões de camisinhas femininas, que serão distribuídas a populações definidas de acordo com critérios de vulnerabilidade.
Serão priorizados grupos em situação de risco, que inclui profissionais do sexo, mulheres vivendo e convivendo com HIV/aids, usuárias de drogas e seus parceiros. O segmento também abrange mulheres atendidas pelo sistema prisional; mulheres com doenças sexualmente transmissíveis (DST); de baixa renda; e usuárias do serviço de atenção à saúde da mulher, que tenham dificuldade de negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro.
“A camisinha feminina permite que a mulher decida sobre o uso do preservativo, de modo que essa escolha não seja apenas do homem. É uma estratégia que faz parte da política brasileira de ampliar as opções de proteção às doenças sexualmente transmissíveis”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
História – O preservativo feminino chegou ao mercado brasileiro em 1997, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do produto no país. Desde então, o Ministério da Saúde já adquiriu e distribuiu cerca de 16 milhões de preservativos para as 27 unidades da federação. A nova compra representa 25% a mais em relação ao total já adquirido pelo Ministério da Saúde.
Preservativo masculino – O Brasil distribuiu, no ano passado, 493 milhões de camisinhas masculinas. A distribuição foi 45% maior que em 2010, quando 333 milhões de unidades foram enviadas às secretarias estaduais de saúde e aos 499 municípios da Programação Anual de Metas (PAM). Nesses locais, estão concentrados 90% dos casos de aids registrados no país.
Pesquisas indicam que é de fundamental importância que os grupos vulneráveis tenham conhecimento dos locais de distribuição da camisinha. Segundo a pesquisa, este conhecimento é fator essencial para o seu uso: mulheres que não sabem onde obtê-la apresentam chance 81% menor de fazerem sexo protegido.
Preservativo Feminino |
|
Estado/Região |
Quantidade |
Acre |
40.000 |
Rio Branco |
32.500 |
Amapá |
40.000 |
Macapá |
32.500 |
Amazonas |
45.000 |
Manaus |
40.000 |
Para |
45.000 |
Belém |
35.000 |
Rondônia |
45.000 |
Porto Velho |
32.500 |
Roraima |
37.500 |
Boa Vista |
32.500 |
Tocantins |
37.500 |
Palmas |
32.500 |
Total Norte |
527.500 |
Alagoas |
55.000 |
Maceió |
32.500 |
Bahia |
45.000 |
Salvador |
35.000 |
Ceará |
42.500 |
Fortaleza |
35.000 |
Maranhão |
42.500 |
São Luiz |
32.500 |
Paraíba |
42.500 |
João Pessoa |
32.500 |
Pernambuco |
42.500 |
Recife |
27.500 |
Piauí |
42.500 |
Teresina |
32.500 |
Rio Grande do Norte |
35.000 |
Natal |
27.500 |
Sergipe |
42.500 |
Aracaju |
32.500 |
Total Nordeste |
677.500 |
Distrito Federal |
45.000 |
Goiás |
42.500 |
Goiânia |
32.500 |
Mato Grosso |
40.000 |
Cuiabá |
32.500 |
Mato Grosso do Sul |
40.000 |
Campo Grande |
32.500 |
Total Centro Oeste |
265.000 |
Espírito Santo |
40.000 |
Vitória |
27.500 |
Minas Gerais |
45.000 |
Belo Horizonte |
32.500 |
Rio de Janeiro |
42.500 |
Rio |
35.000 |
São Paulo |
200.000 |
São Paulo Município |
85.000 |
Total Sudeste |
507.500 |
Paraná |
65.000 |
Curitiba |
37.500 |
Rio Grande do Sul |
42.500 |
Porto Alegre |
27.500 |
Santa Catarina |
42.500 |
Total Sul |
215.000 |
Total Nacional |
2.192.500 |
Fonte: Daniela Brito e Gabriela Campos / Agência Saúde
Foto: Divulgação