Coletiva de imprensa marca início da Campanha de Vacinação contra Influenza

20160429_100736.jpgNeste sábado, 30, acontece o ‘Dia D’ da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza A. Em Sergipe, 350 unidades de saúde em todo estado estarão dedicadas a atender o grupo prioritário formado por crianças de 6 meses a menores de 5 anos, pessoas a partir de 60 anos, gestantes em qualquer idade gestacional, trabalhadores da saúde, doentes crônicos e as puérperas (mulheres em até 45 dias após o parto realizado).

 

A abertura oficial da campanha em Sergipe acontecerá às 8 horas no município de Lagarto, na Clínica de Saúde da Família José Antônio Maroto, ao lado do Ginásio de Esportes Ribeirão.

 

Em coletiva de imprensa realizada hoje, 29, na Secretaria de Estado da Saúde (SES), a coordenadora do Programa Estadual de Imunização explicou que o Ministério da Saúde disponibilizou 500 mil doses da vacina, 300 mil já distribuídas nos municípios.

 

“A quantidade é suficiente para imunizar 100% da população pertencente ao grupo prioritário. Por isso, não precisa pânico. Basta comparecer à unidade com a documentação necessária e se vacinar”, reiterou a gestora.

 

Em Sergipe

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) é responsável pelo diagnóstico do vírus respiratório e coleta as amostras vindas das unidades de saúde. Inicialmente, é feita a triagem para saber o tipo de vírus e, quando o resultado é positivo para o Influenza A, a amostra é encaminhada ao laboratório de referência para a análise dos casos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que identifica, ou não, o H1N1.

 

Segundo Danuza Duarte, superintendente do Lacen, esse ano foram cadastradas em torno de 100 amostras. Dessas, seis deram resultado positivo para H1N1. Dos casos positivos, três possuem histórico de contaminação fora do estado e até do país. “No Lacen, a média é de sete dias para liberar o diagnóstico, mas estamos liberando com 48 horas as que dão negativo para Influenza A. Caso o resultado seja positivo, a referência disponibiliza o resultado também em sete dias”, detalhou a gestora.

 

A responsável técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Mariselma Teixeira, informou que os seis casos de H1N1 no estado evoluíram para a cura. “Cinco foram síndrome gripal, ou seja, pessoas que apresentaram febre, dor de cabeça, dor de garganta, mas não tiveram o desconforto respiratório. Apenas um caso, que foi o de uma criança menor de 2 anos, que apresentou desconforto respiratório, que é chamado de dispnéia (síndrome respiratória aguda grave). A criança chegou a ser internada na UTI, mas o caso evoluiu para a cura”, explicou.

 

Alerta

De acordo com a técnica, a gripe pode ser causada por vários vírus. O H1N1, que é um vírus influenza tipo “A”, causa maior preocupação por ter o poder de mutação genética. Mas ela esclareceu que o laboratório da Fiocruz, ao analisar a parte genética do vírus, revelou que esse vírus que circula hoje em todo o Brasil é uma cepa que já circulou em antigas pandemias.

 

“Isso é bom no sentido de que a gente já entrou em contato com esse vírus, então temos certa resistência. Também já possuímos vacinas elaboradas a partir das cepas passadas, o que nos causa um grande alívio, pois o vírus passa a não ter potencial para causar pandemia”, complementou.

 

Apesar de não ser preciso pânico, é importante ficar alerta, principalmente aos sintomas, e procurar orientação e cuidados médicos nas unidades básicas de saúde ou UPAs. Nesses locais será realizada uma classificação de acordo com os sintomas e instituído o tratamento.