Conass participa da 1ª reunião para o Enfrentamento à Mortalidade Materna, Morbidade Materna Grave e Mortalidade Neonatal no Brasil

Nesta terça-feira (31), aconteceu a 1ª reunião presencial do grupo de trabalho para o Enfrentamento à Mortalidade Materna, Morbidade Materna Grave e Mortalidade Neonatal no Brasil. Estudo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), agência da ONU para assuntos relacionados à saúde sexual e reprodutiva, alerta para a gravidade do problema e apela por mais investimentos para fortalecer a cobertura e qualidade dos serviços de saúde materna.

“Isso nos mostra que essas pessoas tiveram uma dificuldade de acesso e de cobertura. Devemos fortalecer esse tema no Sistema Único de Saúde (SUS) para recuperar e garantir que essas pessoas tenham um atendimento adequado no sistema de saúde do Brasil”, disse Ariel Karolinsk, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

Segundo o estudo, a razão de mortalidade materna no Brasil, que registra as mortes relacionadas a complicações no parto, gravidez e puerpério em relação aos nascidos vivos, aumentou 94% durante a pandemia da Covid-19, retrocedendo a níveis de duas décadas atrás.

Para o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, a mortalidade materna no Brasil é um tema muito sensível no SUS e que se agravou durante a pandemia. “A Opas, os estados e municípios têm feito esforços para encontrar solução para esse problema de saúde pública no país. É preciso ter cuidados maiores e traçar estratégias e políticas públicas adequadas para que isso não se agrave ainda mais”, pontuou.

A representante do Conasems, Marcela Alvarenga, destacou que houve muitos avanços nos últimos anos, como o programa Rede Cegonha, que consiste em  ações para garantir o atendimento de qualidade, seguro e humanizado para todas as mulheres, mas que ainda possui muitos gargalos para serem sanados na saúde materno infantil. “Nós precisamos entender que temos diferentes municípios brasileiros, nem sempre vamos ter ginecologista e obstetras em todos eles. Por causa disso, só vamos avançar se tivermos regiões de saúde fortalecidas”, disse ela.

O representante do Departamento de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS), Marcos Pedrosa, disse que não será possível enfrentar esse problema somente com as instituições públicas, é preciso mobilizar a sociedade. “Temos que sensibilizar tanto a sociedade civil, como outros profissionais da saúde pública brasileira para que possamos enfrentar esse problema de forma coletiva para garantir assistência adequada às mulheres gestantes e puérperas, especialmente aquelas em situação de maior vulnerabilidade”, falou.

Ascom Conass

ascom@conass.org.br

(61) 3222-3000