Há exatos cinco anos, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou a Pandemia da Covid-19. Para debater os ensinamentos que esta emergência internacional em saúde pública deixou, a Secretaria Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, promoveu hoje, o Colóquio: Lições Aprendidas na Pandemia de covid-19.
Jurandi Frutuoso, secretário executivo do Conass, participou do evento junto com outros representantes de instituições parceiras, como a Organização Pan-Americana da Saúde, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Instituto Todos pela Saúde.
Ele pontuou cinco questões as quais definiu como as mais relevantes para a gestão estadual do Sistema Único de Saúde no enfrentamento da pandemia. “Nós vivemos um período muito complicado e difícil onde, além da evolução natural da doença, tivemos graves problemas nas relações interfederativas”, disse.
Segundo Frutuoso, é preciso haver um federalismo fortalecido, com independência entre os entes nacionais e onde prevaleça a harmonia entre eles, diferentemente do que ocorreu durante o período pandêmico, onde estas relações foram severamente afetadas. “O que vimos foi uma ruptura que aconteceu entre as esferas nacionais, refletindo diretamente no número de óbitos, pois grande parte deles foram consequências dessa desarticulação e da falta absoluta da coordenação nacional”, refletiu.
Outra questão, ainda de acordo com o secretário executivo do Conass, diz respeito ao aprimoramento permanente da integração dos sistemas de informação. Citando o apagão de dados ocorrido na pandemia, Frutuoso recordou que foi preciso recorrer a estratégias emergenciais e citou como exemplo a criação do Painel Covid 19 do Conass e do consórcio da imprensa, que nutriu a população e os próprios gestores com informações precisas, auxiliando-os no planejamento de ações mais incisivas e eficientes para mitigar os efeitos da crise.
A integração da gestão com a academia também foi lembrada como um legado positivo deixado pela pandemia, assim como o uso de tecnologias como telessaúde e a tele-educação que permitiram dar uma assistência mais rápida e disseminada em vários rincões de vazios assistenciais, além de terem permitido capacitar equipes que careciam de informações mais atuais.
Por fim, chamou a atenção para a lição que considerou a mais importante entre todas: a integração entre os sistemas de saúde público e privado. Citando a atuação do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), Frutuoso disse que rompeu o próprio preconceito sobre esta questão e destacou que foi por meio desta relação que os gestores conseguiram ampliar a assistência, com acesso a dados e informações em tempo real e de forma mais segura e que apoiaram a tomada de decisão e as intervenções mais rápidas por parte dos profissionais de saúde. “O ITpS foi decisivo naquela ocasião para que tivéssemos mais equipamentos, mais capacitação e mais insumos em tempo hábil, principalmente nos locais mais longínquos. Estes ensinamentos precisam ficar gravados na nossa memória para que possamos aprimorá-los e utilizarmos quando necessário”, concluiu.
O evento foi transmitido ao vivo e está disponível no vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=tHkpFNYvruM
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Assessoria de Comunicação do Conass