Conass participa de debate sobre financiamento, desafios e soluções na rede pública

O presidente do Conass, Nésio Fernandes, participou hoje (29), do debate sobre O Financiamento do SUS nas esferas Federal, Estadual e Municipal, realizado na Edição Especial Global Fórum – Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde.

No Brasil, 80% das pessoas dependem exclusivamente dos serviços públicos disponíveis para realizar qualquer tipo de atendimento de saúde, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, o Sistema Único de Saúde (SUS) é prioridade para mais de 150 milhões de brasileiros e, mesmo quem utiliza a saúde suplementar, também recorre à rede pública para procedimentos que vão dos mais simples, como vacinação, até os mais complexos, incluindo transplantes. Isso torna o SUS o maior sistema de saúde do mundo, com um total de 190 milhões de pessoas atendidas.

Um dos grandes problemas enfrentados atualmente é a incorporação de tecnologias para que os novos produtos e serviços de saúde cheguem, de fato, à população. Para o presidente do Conass, o sistema de saúde é muito complexo e funciona de um jeito em cada lugar. “Por exemplo, um eletrocardiograma está pactuado para ser feito em um município dentro da Programação Pactuada Integrada (PPI), mas ele pode ser executado pelo hospital filantrópico, pelo consórcio, pode ser financiado pelo estado, pelo município, ou seja, uma quantidade muito grande de forma de organização dando garantia do acesso”, disse Nésio.

Apesar do reconhecimento mundial na qualidade dos serviços prestados à população, esse sistema e outros órgãos que cuidam da saúde pública brasileira não conseguem dar conta desse contingente e precisam de investimentos constantes em infraestrutura, capacitação profissional, cobertura de medicamentos e inovações em tecnologia para continuar expandindo e atender a todos.

Para ele, é fundamental ainda, considerar um aspecto relevante em relação à discussão sobre o financiamento do SUS que é a dificuldade enfrentada pelo gestor para gastar os poucos recursos que tem. “Nós precisamos reconhecer onde estão os desafios e fragilidades do sistema. Temos desafios que estão colocados pelos limites fiscais, pelo teto fiscal e pelo momento político de cada época, além de levar em conta a realidade do país”, comentou.

O evento foi promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida e contou com a participação de especialistas e gestores dos setores público e privado de saúde, representantes do legislativo, membros do comitê científico do Instituto e profissionais do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), parceiro institucional no fórum.

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