Com duração de dois dias, São Paulo sediou um evento para promover um diálogo abrangente e a troca de experiências acerca dos principais desafios e perspectivas do Modelo Ponto de Atenção Secundária Ambulatorial, que contribui para a organização e o planejamento das redes de atenção à saúde, garantindo que os recursos sejam direcionados de forma eficiente para atender às necessidades da população e da Política Nacional de Atenção Especializada.
Além de aprofundar as discussões sobre esses pilares fundamentais da organização da saúde no País, o encontro debateu temas cruciais como a equidade e a desigualdade racial no acesso e na oferta de serviços de saúde, e os avanços e desafios enfrentados pelos territórios que integram o PlanificaSUS, que engloba a Planificação da Atenção à Saúde, uma metodologia que organiza os serviços de saúde, priorizando a Atenção Primária e a Rede de Atenção à Saúde.
“Falar em equidade em saúde é também ampliar o olhar para desigualdade racial em todas as regiões do nosso país. Queremos que este assunto seja pauta em todas as câmaras técnicas do Conass, pois entendemos a complexidade e a urgência dos desafios. Nosso objetivo é que os estados se aprofundem neste tema que é fundamental para uma saúde verdadeiramente justa e integral, “disse o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, presente no encontro.
O evento reuniu gestores, profissionais de saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil. Os participantes tiveram a oportunidade de participar de mesas redondas e paineis temáticos, expondo ideias e construindo soluções.
Além disso, tiveram atividades colaborativas, como o Fórum dos Núcleos e a discussão sobre as Linhas de Cuidado, que visam fortalecer a atuação em rede entre os diferentes níveis de atenção à saúde, reforçando o compromisso coletivo com um cuidado em saúde mais integral e equitativo. “Os resultados e as reflexões geradas durante o encontro deverão subsidiar políticas públicas e práticas na saúde, contribuindo para a construção de um Sistema Único de Saúde cada vez mais inclusivo”, disse a assessora técnica do Conass, Maria José Evangelista.
A iniciativa também reflete a necessidade de aprofundar as discussões sobre a organização dos serviços de saúde no País, buscando modelos que garantam não apenas o acesso, mas também a qualidade e a justiça social na distribuição dos recursos e da atenção. Também esteve presente a assessora técnica do Conass, Luciana Toledo.