Conass participa do seminário “De Alma-Ata a Astana: a trajetória dos cuidados de saúde primários nos países da CPLP” e apresenta a Planificação da Atenção à Saúde

Fernando Cupertino (E) e o secretário executivo da CPLP, Zacarias da Costa

O coordenador técnico e assessor para Relações Internacionais do Conass, Fernando Cupertino e a assessora técnica Maria José Evangelista, participaram do seminário “De Alma-Ata a Astana: a trajetória dos cuidados de saúde primários nos países da CPLP” organizado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT NOVA), no dia 11 de outubro de 2021. O evento teve como objetivo estudar a evolução dos cuidados de saúde primários e o grau da sua articulação com os serviços especializados e hospitalares nos países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Cupertino que é professor da Universidade de Goiás, ressaltou que fortalecer os cuidados de saúde primários tem sido uma preocupação de muitos países, incluindo-se os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Após um longo trajeto, foi possível incluir no Plano Estratégico de Cooperação em Saúde, o fortalecimento dos cuidados de saúde primários no âmbito dos países de língua portuguesa, graças à participação ativa do IHMT, do Conass, com o apoio da Fiocruz e dos demais observadores consultivos da CPLP que integram sua Comissão Temática da Saúde e Segurança Alimentar e Nutricional, contando ainda com o apoio do Fórum da Sociedade Civil dos Países de Língua Portuguesa”.

Maria José Evangelista apresentou o contexto da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil e a sua evolução histórica e pontuou alguns desafios como a qualificação das equipes e dos trabalhadores da APS em geral; a alta rotatividade dos gestores e profissionais, a educação permanente e ter a Rede como ordenadora e coordenadora do cuidado.

Evangelista citou a Planificação da Atenção à Saúde (PAS) como uma estratégia do Conass para vencer essas barreiras. A Planificação consiste em um instrumento de gestão e organização da atenção primária, ambulatorial especializada e hospitalar, integradas nas redes de atenção à saúde e explicou o motivo de ser necessário fazer a planificação. “Ainda é frágil a capacidade de gestão, na macrogestão dos sistemas e serviços de saúde e na microgestão da prática clínica e muitos profissionais e gestores se sentem sozinhos nas decisões do dia a dia. Além disso, existe uma experiência acumulada e em constante amadurecimento na história da PAS/CONASS que se tornou reconhecida e solicitada para apoiar profissionais e gestores na organização dos processos da rede de atenção e que se soma a várias outras iniciativas num grande e contínuo empenho de qualificar o SUS”, disse.

Confira no vídeo abaixo, a íntegra do seminário.

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