No Dia Nacional da Imunização, celebrado nesta quarta-feira (9/6), o Ministério da Saúde reforça a importância da manutenção das ações de vacinação, tanto de rotina quanto em campanhas para garantir a proteção de todos os brasileiros. São exemplos as ações da vacina Covid-19 e da gripe.
“É muito pouco provável que qualquer brasileiro, de qualquer idade, não tenha, ao longo de sua história, tomado pelo menos uma dose dessas vacinas no braço. A gente está falando de um programa que cuida e zela pela saúde pública brasileira. Falar do PNI é falar de um dos maiores patrimônios do País”, explica Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde (SVS), responsável pelo programa dentro do Ministério da Saúde.
EXPERTISE E ORGANIZAÇÃO
O PNI foi instituído em 1975 (Lei nº 6.259), após uma determinação do Ministério da Saúde com base na experiência da vacinação contra a varíola na década de 60. A doença foi erradicada em razão da imunização em massa da população.
Foi a partir desse momento que a vacinação começou a ser incentivada e ampliada no Brasil por meio do PNI. O resultado? A eliminação de outras cinco doenças: poliomielite, síndrome da rubéola congênita, rubéola, tétano materno e tétano neonatal.
Isso só foi possível por conta de um sistema organizado, dividido por faixa etária, e tendo como documento oficial a famosa carteirinha de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
“E como saber esse calendário? É só ir no seu posto de saúde. O profissional lá da ponta sabe exatamente o período em que a vacina precisa ser tomada, a faixa etária e a posologia. Em qualquer época do ano em que o cidadão brasileiro for em um posto de saúde, ele vai ser orientado a atualizar as vacinas que estejam fora do prazo ou aquelas que estão para serem tomadas”, disse Medeiros.
COVID-19 E IMPORTÂNCIA DA VACINA
Ao mesmo tempo, desde o ano passado, a pandemia do coronavírus vem mostrando para o mundo a importância da vacinação no controle de doenças. As bases do PNI foram usadas para dar início à imunização dos brasileiros, mas com uma diferença: a distribuição das vacinas Covid-19 aos estados ocorre semanalmente, de acordo com as entregas dos laboratórios contratados.
“O processo de distribuição das vacinas Covid-19 é como de qualquer outro imunizante. O grande diferencial é que, nesse caso, distribuímos as doses de acordo com as entregas dos produtores, pactuado com estados e municípios, dentro da lógica dos grupos prioritários, que possuem maior risco ou maior exposição ao vírus”, explica o secretário Arnaldo Medeiros.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) é o documento orientador desse processo. Nele, há a descrição das vacinas usadas no momento, orientações sobre a aplicação das doses, além das estratégias para se atingir o público-alvo da campanha.
Até o momento, mais de 105 milhões de doses de vacinas Covid-19 foram distribuídas pelo Ministério da Saúde para as 27 Unidades Federativas. Somente em doses contratadas pelo Governo Federal já são mais de 600 milhões. Tudo isso para garantir a imunização de mais de 160 milhões de pessoas consideradas vacináveis até o fim de 2021.
“Tem ficado mais claro para a população brasileira que é importante se vacinar. É nesse sentido que a gente entende que a vacinação é um excelente meio de medida de saúde pública. A gente acredita fortemente que, durante ou após esse processo, haja um fortalecimento da vacinação no País”, concluiu Medeiros.
O PNI EM NÚMEROS
• 48 produtos imunobiológicos disponíveis (entre vacinas, soros, imunoglobulinas etc);
• 17 vacinas para crianças, 6 para adolescentes, 6 para adultos e idosos, e 4 para gestantes;
• 1 vacina Covid-19: Três fabricantes – (AstraZeneca/Fiocruz; Coronavac/Butantan; e Pfizer)
• Em média, cerca de 300 milhões de doses distribuídas ao ano (sem contar o cenário da campanha da Covid-19);
• 38 mil salas de vacinação, podendo chegar a 50 mil em períodos de campanha;
• 52 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE);
• Rede de frio composta por 27 Centrais Estaduais, 273 Centrais Regionais e centrais municipais, responsáveis pelo armazenamento das doses;
• Mais de 114 mil profissionais de saúde atuando nas salas de vacinação.
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Por Marina Pagno
Ministério da Saúde
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