Conheça os profissionais da saúde que serão homenageados na 12ª Expoepi

Cinco profissionais serão homenageados pelos trabalhos desenvolvidos em prol da Saúde Brasileira na 12ª Expoepi, a Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças. O evento, promovido pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, ocorrerá em Brasília, de 16 e 19 de outubro, no Centro de Convenções Ullysses Guimarães.

Os homenageados são quatro médicos: José Cássio de Moraes, pioneiro no enfrentamento da meningite no país; Maria Inês Schimdt, participante do Estudo Brasileiro de diabetes Gestacional; Moysés Szklo, coordenador do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes; Luiz Augusto Facchini, responsável pelo curso de Saúde da Família na Universidade Federal de Pelotas (RS), e a enfermeira e epidemiologista Marlene Tavares Barros de Carvalho, que em 2007 chefiou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Rubeóla, culminando na imunização de 97 milhões de pessoas.

O doutor e professor Facchini, ex-secretário de Saúde de Pelotas, afirma que o prêmio reconhece o trabalho desenvolvido por pessoas atuantes na implantação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Para Marlene, é um incentivo para os trabalhadores em Saúde Pública, atuantes em vigilância epidemiológica e vacinação. Os cinco profissionais receberão as menções honrosas das mãos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a cerimônia de abertura da 12ª Expoepi. A cerimônia será no dia 16, às 19h, no auditório principal do Centro de Convenções Ullysses Guimarães.

Incentivo à pesquisa – A 12ª Expoepi também premiará os trabalhos inscritos para participar da mostra. Os 805 trabalhos a serem expostos têm como principal objetivo difundir temas importantes para a consolidação do SUS, além de premiar, por meio de sua Mostra Competitiva, os profissionais e os serviços de saúde do País que se destacaram no desenvolvimento de ações de vigilância em saúde.

Na Expoepi também serão expostos painéis e realizadas mesas redondas, com debates de cunho técnico-científico relevantes para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde. “A Expoepi não só reconhece e valoriza o trabalho dos profissionais da área da Saúde, como também dissemina os bons exemplos que deram certo no Sistema Único de Saúde”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Na edição de 2012, as experiências e trabalhos técnico-científicos serão premiados nas diferentes áreas constitutivas da vigilância em saúde. São dez grandes áreas em que os participantes poderão concorrer aos prêmios de R$ 50 mil para as experiências vencedoras e de R$ 6 mil, R$ 9 mil e R$ 12 mil para os trabalhos de especialização, mestrado e doutorado vencedores, respectivamente.

Novidades – Este ano, a Expoepi traz ainda grandes novidades, como a exposição Percurso Histórico das Ações de Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças no Brasil e o Novo Festival Internacional de Humor e Arte em Aids.

Exposição – Durante a 12ª Expoepi, será realizada uma exposição sobre a história da Prevenção e Controle de Doenças no Brasil nos últimos 110 anos. A exposição pretende abordar a saúde como uma dimensão da vida humana e social que transcende em muitos aspectos puramente médicos e biológicos.

Extremamente complexa e abrangente, a história da saúde pública será contada através de um amplo panorama que possa contar ao grande público parte dos vínculos que unem as condições sanitárias de um país aos temas da construção da nacionalidade, da cidadania e do Estado.

Humor, arte e aids – Com o sucesso do Salão do Humor, ficou demonstrado que trabalhar assuntos difíceis de forma lúdica é uma excelente estratégia para educar e informar as pessoas. Assim, por meio de uma parceria entre Ministério da Saúde, Ministério da Cultura e Unesco, o Festival irá incentivar a produção de obras criativas para a promoção de estilos de vida saudáveis relacionados ao HIV/AIDS a partir da discussão de três grandes eixos: Prevenção, Tratamento e Direitos Humanos.

Os trabalhos selecionados em cartuns, tirinhas cômicas e arte urbana ficarão disponíveis a visitação durante a 12ª Expoepi, onde acontecerá votação dos trabalhos pelos participantes presentes ao evento. A premiação dos vencedores do concurso será feita no Dia Mundial de Luta contra Aids, 1º de dezembro.

Saiba mais sobre os homenageados:

José Cassio de Moraes – Médico, formado em 1970 pela Faculdade de Medicina de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, José Cassio de Moraes iniciou sua carreira atuando na maior epidemia de doença meningocócica que ocorreu no Brasil, em 1973. Doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, é professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e atua em vários comitês técnicos de assessoramento na Secretaria de Vigilância Epidemiológica (SVS). Consultor da Organização Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial de Saúde em imunização possui experiência na área de doenças infecciosas, como sarampo e meningite meningocócica e trabalhos nas áreas de imunização.

Maria Inês Schmidt- Depois de fazer o curso na Faculdade de Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Maria Inês interessou-se bem cedo pela investigação do diabetes, partindo para os Estados Unidos para ingressar na Johns Hopkins University, especializando-se em pediatria endocrinológica. O seu estudo de conclusão do curso descreveu uma tendência hiperglicêmica registrada no nascimento do bebê, um fenômeno bem reconhecido na prática clínica e incorporado em vários livros internacionais. A partir dessa pesquisa inicial, recebeu o prêmio New Investigator Award do National Institutes of Health, que lhe possibilitou realizar estudos de mestrado e doutorado em epidemiologia.

De volta ao país, implantou o Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFRGS. Atualmente participa do Estudo Brasileiro de Diabetes Gestacional. Seus estudos vêm contribuindo para melhor caracterizar o cenário das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, em colaboração com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Atua também na Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e é co-editora da obra Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências.

Moysés Szklo – Médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fundou em 1965 fundou o Instituto de Medicina Social, em parceria com Américo Piquet Carneiro, Nelson Moraes, Nina Pereira Nunes e Hésio Cordeiro. Meste e doutor em Saúde Pública pela Universidade Johns Hopkins nos Estados, em 1974, atualmente é diretor do Programa de Verão em Epidemiologia e Bioestatística desta instituição.

Suas pesquisas são na área de doenças cardiovasculares. É autor de mais de 250 manuscritos publicados em revistas científicas. É editor-chefe da American Journal of Epidemiology. assessorou os investigadores do Estudo Longitudinal de Saúde em Adultos (ELSA). Coordena o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), ao lado da professora Kátia Bloch, no Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde atua como professor voluntário. No Brasil, desenvolve atividades no IESC e no Instituto Nacional do Câncer (INCA.

Luiz Augusto Facchini – Médico pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), possui pós-doutorado em Saúde Internacional pela Harvard School of Public Health, (EUA). Atualmente é professor associado do Departamento de Medicina Social e do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde coordena o curso de Saúde da Família. Ex- secretário municipal de saúde de Pelotas entre janeiro de 2001 e fevereiro de 2003. Atuou como membro titular do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e coordenou a Comissão Intersetorial de Ciência e Tecnologia em Saúde do CNS da Abrasco.

Marlene Tavares Barros de Carvalho – Sergipana, de Aracaju, Marlene é enfermeira formada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. É mestre em Saúde Coletiva no Instituto de Saúde Coletiva (UFBA). Atuou na área hospitalar de 1971 a 1981. No ano seguinte, coordenou a implantação do Atendimento Metropolitano de Emergências (AME) em Salvador, iniciativa pioneira, à época, no Brasil, que deu origem ao SAMU atual. Em 1987, passou para a Gerência de Vigilância Epidemiológica e iniciou suas atividades no Programa Estadual de Imunizações. Ao lado de Miriam Martho e Cris Rocha, iniciou e concluiu, em 1991, a primeira revisão, ampliação e atualização do Manual de Procedimentos de Vacinação (MPV). Em 2007, integra a equipe do Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo responsável pela maior campanha de vacinação contra rubéola, com o objetivo de vacinar 70 milhões de adultos. O objetivo foi alcançado com sucesso, 1/3 da população brasileira foi vacinada, registrando um alcance de 95%. Em 2010, o país não registrou nenhum caso de rubéola congênita, doença transmitida durante a gravidez.

Fonte: Maria Vitória/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde