Mais de 70 representantes estaduais das Câmaras Técnicas do Conass de Epidemiologia e de Vigilância em Saúde Ambiental se reuniram, na sede do Conselho, em Brasília, nos dias 28 e 29 de abril, para debater os desafios e as perspectivas da vigilância em saúde no País. Além deste enfoque, também foram pautas da reunião o controle das arboviroses, os sistemas de alerta para ondas de calor e as estratégias de imunização. Para falar sobre estes temas, foram convidados representantes do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).
Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério do Saúde (SVSA), disse que a reunião se configura como uma ótima oportunidade para discutir, junto com os técnicos das secretarias estaduais de saúde (SES), assuntos convergentes entre MS e SES.
A secretária pontuou alguns desafios como a transição epidemiológica e demográfica acelerada com impacto direto na saúde e em outros setores, como a previdência social e o mercado de trabalho, e observou a necessidade de trabalhar essas questões de maneira intersetorial e em redes, .
Sobre esta última, disse que o Conass possui uma vasta experiência. “Estas questões do envelhecimento populacional, do surgimento de novas doenças e da prevalência das doenças crônicas exigem um sistema de governança integrado e articulado dentro do setor saúde, mas não é só isso. Temos que integrar as práticas de cuidado com a prática de vigilância e temos que trabalhar com consensos, no que diz respeito à vigilância e à promoção da saúde. A resposta tem que ser em rede”, afirmou.
Outra pauta do encontro contemplou os pontos positivos e negativos das tecnologias utilizadas no controle das arboviroses, tema abordado pelos especialistas da SVSA, da Opa/OMS e do Conasems.
No segundo dia do encontro, as câmaras técnicas se dividiram e realizaram as suas reuniões específicas.
Enquanto a Câmara Técnica de Epidemiologia, coordenada pelo assessor técnico do Conass, Nereu Henrique Mansano, abordou as prioridades do grupo para 2025, o cenário do sarampo no Brasil, as estratégias de vacinação contra febre amarela e o fortalecimento dos Serviços de Verificação de Óbito, a Câmara Técnica de Vigilância em Saúde Ambiental, coordenada pelo assessor técnico, Fernando Avendanho, teve como foco a apresentação do Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas no Setor da Saúde.
O encontro reforçou a importância da articulação entre diferentes áreas da vigilância para enfrentar os desafios emergentes e fortalecer as ações integradas no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Ressaltando a relevância do encontro, a coordenadora técnica do Conass, Rita Cataneli, destacou que é por meio das reuniões das câmaras técnicas que a secretaria executiva do Conass se informa sobre o que está acontecendo nos estados. “Precisamos do olhar de vocês para discutir as políticas nacionais com maior concretude , objetividade e maior referência do que acontece em cada uma das vigilâncias no nosso País”, disse.
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Assessoria de Comunicação do Conass