Dia de combate ao reumatismo alerta sobre importância do diagnóstico

Dores ao esticar os braços sobre a cabeça ou ao elevar os ombros até tocar o pescoço podem ser sinais de doença reumática

Nesta terça-feira, 30 de outubro, é lembrado o Dia Nacional da Luta Contra o Reumatismo. A iniciativa da data é alertar a população para o diagnóstico precoce e tratamento da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 15 milhões de pessoas sofrem de reumatismo, doença que afeta principalmente as articulações. O que poucas pessoas sabem é que as doenças reumáticas não acometem apenas a população idosa. Elas podem ser identificadas muito antes da fase adulta.

O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientização sobre o reumatismo. A recomendação é para que surgidos os primeiros sintomas, o paciente procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência. “Ao perceber dor nas articulações, principalmente por mais de seis semanas, acompanhada de vermelhidão, ‘inchaço’, calor ou dificuldade para movimentar as juntas (especialmente ao acordar pela manhã), a pessoa deve procurar o serviço de saúde mais próximo”, orienta Carlos Maia, subcoordenador nacional de Saúde do Homem.

Doença – As doenças reumáticas atingem pessoas de qualquer idade e têm maior incidência em mulheres. Ao contrário de algumas doenças ditas silenciosas (hipertensão e diabetes), o reumatismo pode ser facilmente diagnosticado: o próprio paciente pode identificar os primeiros sintomas. Dores ao esticar os braços sobre a cabeça ou ao elevar os ombros até tocar o pescoço podem ser sinais de doença reumática. Se a enfermidade for descoberta logo nos primeiros sintomas e o paciente tiver tratamento adequado, ele pode levar uma vida normal, diminuindo assim os riscos de incapacidade física.

Tratamento – O tratamento ao reumatismo é garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência aos pacientes com doenças reumáticas inclui desde o fornecimento de medicamentos até a realização de práticas integrativas (como acupuntura), associada à realização de exercícios que devem ter indicação do médico. “Por isso, é fundamental a combinação de cuidados básicos de saúde, feitos nos serviços da Atenção Básica, com a atenção de especialistas do SUS”, completa Carlos Maia.

Incidência – Entre as doenças reumáticas, a artrite reumatoide é o tipo mais comum da doença. Somente entre 2010 e setembro de 2011, 33.852 pacientes foram internados em decorrência da doença. O valor empregado para custear estes tratamentos somou R$ 24 milhões neste período.

No Brasil, as doenças reumáticas constituem a segunda causa de gastos em benefícios de auxílio-saúde concedidos à população (dados 2008).

Apesar de afetar homens e mulheres, jovens e idosos, a maior prevalência é entre as mulheres entre 30 e 40 anos. Por esse motivo, elas devem ficar mais atentas a alguns fatores de risco, como idade avançada, obesidade, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas em excesso e ingestão de medicamentos que podem contribuir para o surgimento da doença.

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Foto: Ocean/Corbis