14ª CNS – Roda de conversa debate as Doenças Crônicas Não Transmissíveis

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) foram tema de uma roda de conversa ontem (02), na 14ª Conferência Nacional de Saúde. O debate realizado na tenda Paulo Freire foi coordenado pelo secretário executivo do CONASS, Jurandi Frutuoso, e contou com as presenças do Secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Jarbas Barbosa, do deputado estadual de Santa Catarina, Volnei Morastoni, do coordenador do GT de Educação Popular e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), José Ivo, e do representante da central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) Jorge Venâncio.

Jarbas Barbosa falou sobre o mito que existe em relação às doenças crônicas e explicou que muitas pessoas ainda acreditam que elas atingem apenas as camadas mais ricas da população, o que segundo ele, não é verdade. “A maior parte das DCNT acontece em países em desenvolvimento e cresce entre aquelas pessoas que têm menos acesso à educação.”

O secretário falou sobre o Plano Nacional de Enfrentamento às DCNT lançado pelo Ministério da Saúde em agosto deste ano com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade prematura por essas doenças em 2% ao ano. “O plano define e prioriza as ações e os investimentos necessários que vão preparar o país  para enfrentar e deter essas doenças nos próximos dez anos”, explicou.

Barbosa finalizou afirmando que o plano é também uma contribuição do setor saúde no combate à miséria. “Quem tem doença crônica tem mais dificuldade de superar a pobreza, então, de certa maneira, essas ações irão contribuir para a sua diminuição no país.”

Para o deputado estadual, Volnei Morastoni, o enfrentamento às doenças crônicas exige uma cooperação mundial. “É preciso investir massivamente na promoção e na educação em saúde. Esse é o grande desafio.” O deputado destacou também a necessidade do envolvimento da sociedade para o sucesso desse desafio.

Já para o coordenador do GT de Educação Popular e Saúde da Abrasco, José Ivo, o modo como as pessoas viviam era construído da maneira como a vida se apresentava, com poucos padrões de dignidade e poucas condições para se ter uma vida saudável. Segundo ele é preciso entender como a saúde é pautada para a sociedade.

Finalizando a roda de conversa, o representante da CGTB, Jorge Venâncio, ressaltou um aspecto importante do plano que é o equilíbrio na utilização das proibições. “Proibir excessivamente gera a perda de adesão. O grande mérito desse plano é conseguir a adesão da sociedade por meio de uma relação madura e não por proibição”.

Da esquerda para a direita: José Ivo, Jarbas Barbosa, Jurandi Frutuoso, Jorge Venâncio e Volni Morastani

Texto: Tatiana Rosa