Como estratégia de reconhecimento e difusão de boas práticas que contribuam para o fortalecimento do sistema de saúde paulista, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizou ontem e hoje (13), o II Fórum de Experiências Exitosas na Constituição de Redes Regionais de Atenção à Saúde. O encontro teve como objetivo valorizar, destacar, incentivar, disseminar e premiar experiências implementadas nas Redes Regionais de Atenção à Saúde do estado.
A mesa de abertura contou com a presença do presidente do Conass e secretário estadual da Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, que destacou o papel da regionalização no SUS. “É importante a troca de experiências para consolidar as Redes de Atenção à Saúde”, destacou.
Mesa Interestadual
O Fórum contou com a mesa temática Experiências estaduais de Regionalização da Saúde, coordenada por Eleuses Paiva, secretário estadual da Saúde de São Paulo, e com asparticipações de Tânia Mara Silva Coelho, secretária estadual da Saúde do Ceará, Joana Molesini, coordenadora de planejamento regional integrado da secretaria estadual da Saúde da Bahia, Renilson Rehem, coordenador do projeto de regionalização de São Paulo, Jurandi Frutuoso, secretário executivo do Conass, e Claudilene Souza, consultora da Opas/OMS.
Eleuses Paiva destacou a importância do evento para a troca de experiências exitosas na constituição das redes regionais no estado e também falou sobre o desafio do financiamento do sistema. “Observamos uma redução do financiamento federal, o que exige investimentos adicionais de estados e municípios”, ressaltou.
Já Tânia Mara apresentou o histórico da regionalização no estado cearense e destacou o papel dos comitês de governança e o Planejamento Regional Integrado (PRI). A secretária destacou as diversas estratégias para a implantação e organização das Redes de Atenção à Saúde no estado, incluindo o projeto Braços Abertos, nome do projeto de Planificação da Atenção à Saúde no Ceará, executado em parceria com o Conass, Opas e Umane. “São espaços essenciais para integrar os serviços e equipes, escutando a população e organizado as redes”, destacou.
A regionalização na Bahia foi apresentada por Joana Molesini, que destacou os desafios da coordenação das nove Macrorregiões de Saúde e 28 Regiões de Saúde. Grupos técnicos de planejamento realizam oficinas e reuniões para alinhamento de estratégias para a implantação do PRI no estado, com a presença de representantes dos municípios e do Ministério da Saúde. “Fizemos oficinas em todas as macrorregiões com a presença de gestores estaduais e municipais, quando afirmamos a Atenção Primária à Saúde como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede”, disse.
Renilson Rehem lembrou que a regionalização no SUS teve início na década de 1990. Atualmente o estado implantou um grupo condutor tripartite para coordenar o processo e organizar as ações, em parceria com a Opas e o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde . “Temos tratado o projeto de regionalização em São Paulo como uma jornada em busca de um sistema de saúde mais racional e justo”, destacou.
Jurandi Frutuoso destacou os desafios para a efetivação da atenção primária como ordenadora do cuidado. Ressaltou que o evento empolga, pois mostra que é possível constituir Redes de Atenção à Saúde integradas e efetivas. “As experiências que conhecemos aqui demonstram a busca incessante para o aprimoramento do sistema de saúde. Temos jeitos diferentes de fazer, mas é importante destacar que profissionais dedicados enfrentam as dificuldades do dia a dia com o mesmo objetivo: fortalecer o SUS”, ressaltou.
O apoio da Opas no projeto de regionalização em São Paulo foi destacado por Claudilene Souza. “O sistema de saúde brasileiro é complexo, um exemplo para outros países e a troca de experiências é essencial para a consolidação da política de saúde”, disse.
O evento também contou com a presença dos assessores técnicos do Conass, Rita Cataneli, Maria José Evangelista, Tereza Cristina e Marcus Carvalho.
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Assessoria de Comunicação do Conass