“Nós, gestores de saúde precisamos convencer a população de que a eliminação de focos do mosquito dentro de residências é fator primordial para controlarmos as arboviroses. Precisamos tirar do imaginário popular de que o fumacê resolve tudo”, pontuou o secretário de saúde de Janaúba, Helvécio Campos de Albuquerque.
Na mesma linha de raciocínio a superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques lembrou que o trabalho de eliminação de focos do Aedes aegypti precisa ser uma ação contínua dos municípios e não apenas nesta época do ano em que ocorre maior incidência das doenças transmitidas pelo mosquito.
“Precisamos trabalhar de forma integral, envolvendo todos os segmentos da sociedade e das secretarias que compõem as estruturas de trabalho das prefeituras. Precisamos ter um olhar diferenciado para as arboviroses e mudar as estratégias de ações, pois se isso não acontecer, a tendência é de que a situação saia totalmente do controle dos municípios”, reforçou a superintendente.
Casos Notificados
Ainda durante a reunião da CIB-SUS, que reuniu gestores de saúde de todas as microrregiões do Norte de Minas, a coordenadora de vigilância em saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes apresentou balanço dos casos notificados de arboviroses neste ano. Ao todo, 27 municípios apresentam taxa de incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Nestas localidades as secretarias municipais de saúde já notificaram 9.882 casos de dengue; 4.099 casos de chikungunya e 34 casos de zika.
Os municípios que apresentam as maiores taxas de incidência de arboviroses são: Matias Cardoso (3.485,92 casos por 100 mil habitantes); Gameleiras (2.360,34); Janaúba (2.238,37); Jaíba (2.185,69); Guaraciama (1.978,02); Nova Porteirinha (1.895,10); Montes Claros (1.873,15); Francisco Sá (1.761,21); Capitão Enéas (1.229,71); Mato Verde (1.212,91); Engenheiro Navarro (1.049,72); Salinas (991,30); Mirabela (923); Bocaiúva (726,42); Monte Azul (705,80); Josenópolis (631,23); Rubelita (588,34); Padre Carvalho (525,84); São João da Lagoa (445,16); Verdelândia (409,36); Francisco Dumont (404,78); Grão Mogol (376,34); Pai Pedro (360,77); Lagoa dos Patos (344,65); São João do Pacuí (335,12); Glaucilândia (314,76) e Claro dos Poções (334,31 casos por 100 mil habitantes).