Conhecer a percepção dos secretários estaduais de saúde, bem como de docentes e dirigentes das Escolas Estaduais de Saúde Pública (EESP) sobre a contribuição destas para o Sistema Único de Saúde (SUS), foi o objetivo da pesquisa qualitativa realizada pelos pesquisadores Haroldo Jorge de Carvalho Pontes, assessor técnico do Conass e Janete Lima de Castro, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Publicado pela Revista Saúde e Sociedade da Universidade de São Paulo (USP), o artigo intitulado As escolas de saúde do SUS: razões de ser e contribuições, apresenta uma síntese da pesquisa e ressalta a cooperação dessas escolas para o SUS, demonstrando o papel estratégico que desempenham, destacando-se a provisão de profissionais formados por elas que ocupam cargos de gestão no SUS; o apoio técnico ofertado aos municípios e o reconhecimento dos trabalhadores pelo trabalho desenvolvido por essas instituições.
Pesquisa
A pesquisa jogou luz também sobre as dificuldades que essas escolas enfrentam, em especial no que diz respeito à insuficiência de recursos financeiros e humanos.
De acordo com os autores, as EESP são estratégicas para o SUS e são instrumentos fundamentais para manter a política de educação permanente em saúde, além de qualificar a força de trabalho em saúde.
As dificuldades relatadas na pesquisa indicam a necessidade de priorizar de fato as políticas de educação permanente e de qualificação profissional voltadas para o trabalhador da saúde.
Redecoesp
A Rede Colaborativa das Escolas Estaduais de Saúde Pública (Redecoesp) tem o propósito de fortalecer o SUS, promovendo a Gestão da Educação na Saúde no âmbito das Secretarias Estaduais de Saúde. Criada em 2019, essa rede foi fruto de discussões realizadas pelas EESP em oficinas nacionais e ratificadas em assembleia de Secretários de Saúde.
A Redecoesp atualmente é composta por 20 escolas, contemplando as 5 regiões do país, o que expressa abrangência nacional e diversidade regional. Essas escolas se constituem em espaços fundamentais para reflexão e desenvolvimento de ações, reunindo funções pedagógicas e de gestão. Por meio da atuação em rede, os estados apresentam grande potencial para contribuir com o planejamento, a implantação e a avaliação das ações de saúde, interagindo com as mudanças epidemiológicas e as necessidades dos serviços de saúde.
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Assessoria de Comunicação do Conass