Especialistas debatem impacto da inteligência artificial na prática médica

A terceira sessão do XI Ciclo de Debates: Inteligência Artificial e Desigualdades em Saúde, que acontece em 21 de outubro, excepcionalmente às 9h, reúne experts do Uruguai e Itália em torno dos riscos e benefícios dessas ferramentas aplicadas à saúde

O impacto da inteligência artificial na prática clínica e o uso dessas novas tecnologias para a ampliação da qualidade e do acesso a esses serviços serão discutidos na próxima sessão do XI Ciclo de Debates: Inteligência Artificial e Desigualdades em Saúde, que será realizada em 21 de outubro, às 9h

Participarão da atividade o secretário-geral da Associação Italiana de Slow Medicine, Marco Bobbio, e a ex-diretora do Fundo Nacional de Recursos do Uruguai Alicia Ferreira Maia. O bioeticista Natan Monsores de Sá, chefe do Departamento de Saúde Coletiva na Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB), fará a coordenação da mesa.

Inscreva-se!

As inscrições são gratuitas e os participantes receberão certificado da Escola de Governo Fiocruz Brasília. O debate será transmitido ao vivo no canal do Nethis no YouTube.

Da atenção à saúde ao cuidado médico

A ex-diretora do Fundo Nacional de Recursos do Uruguai apresentará a experiência nacional na condução dos processos que envolvem o acesso a medicamentos de alto custo financiados por meio do seguro público universal uruguaio. “Queremos aplicar ferramentas de inteligência artificial para melhorar a qualidade do acesso a esse financiamento público. Nosso desafio é melhorar a eficiência e, ao mesmo tempo, proteger os dados sensíveis das pessoas”, diz Alicia Maia.

O secretário-geral geral da Slow Medicine apoia o uso dessas ferramentas na saúde, mas com ressalvas. De acordo com Bobbio, a medicina não pode ser impulsionada exclusivamente pelas tecnologias. Para ele, é imprescindível considerar o interesse e as expectativas de cada pessoa e, simultaneamente, levar em conta o relacionamento entre o profissional e aqueles que o procuram.

“O contexto atual é principalmente focado em tecnologias, enquanto a pessoa e a relação existente entre família e ambiente social são completamente negligenciadas. Muitos cientistas temem que os sistemas de inteligência artificial prejudiquem a relação entre médico e paciente e achatem a diversidade entre os pacientes”, adverte o secretário-geral da Slow Medicine.

Ciclo de Debates

O XI Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública é promovido pelo Núcleo de Estudos em Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília). A concepção das atividades deste semestre é uma iniciativa compartilhada entre o Nethis/Fiocruz Brasília e Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).

Serviço

XI Ciclo de Debates: Inteligência Artificial e Desigualdades em Saúde

Quando: 21 de outubro, às 9h

Transmissão ao vivo: youtube.com/nethisvideo

Quanto: Gratuito

Inscrições: bit.ly/IA-DesigualdadesSaude-Out

Mais informações: (61) 3329-4661

bioeticaediplomacia.org

Atividade certificada pela Escola de Governo Fiocruz Brasília.