Goiás assina Termo de Adesão com o Conass para apoio à SES

O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino Júnior, acompanhado de sua equipe, assinou na tarde desta quinta-feira, o Termo de Adesão com o Conass ao Programa de Apoio às Secretarias Estaduais de Saúde (Pases). A SES/GO aderiu a dois projetos do programa: Planejamento Regional nas Macrorregiões de Saúde e de Organização de Consórcios Interfederativos de Saúde. 

Ismael Alexandrino explicou que a escolha pela regionalização e organização de redes de atenção a saúde se deu pelo fato de a regionalização ser um dos pilares da sua gestão em Goiás. “Nós pretendemos trabalhar no estado de forma bem clara e resumida com um tripé composto pela regionalização, pela regulação e pela eficiência operacional dos hospitais”, afirmou.

Em relação à regionalização integrada com a regulação, o secretário observou que as regiões e as macrorregiões não precisam necessariamente ser autossuficientes, mas sim terem bem definidas as suas capacidades. “Nós como administração central do estado vamos olhar para essas capacidades e promover a integração delas. Uma região que está ao lado da outra podem se apoiar mutuamente. A linha demarca o estado no mapa, mas não demarca a população e a saúde precisa ser vista de forma populacional e não simplesmente como uma demarcação cartográfica”.

Sobre os Consórcios Interfederativos de Saúde, o secretário afirmou que eles darão melhores condições operacionais e até mesmo financeiras aos municípios para se organizarem e participarem de forma efetiva como rede no estado.

Ismael Alexandrino falou ainda sobre a importância da sustentabilidade na saúde uma vez que o incremento de novas tecnologias em saúde aumenta também os custos.  “Precisamos ter sustentabilidade e por isso é importante termos um olhar de saúde populacional, de gerenciamento de grandes comunidades, o que tem muito a ver com prevenção e monitoramento dos grandes grupos. Tudo isso aumenta a sinistralidade e desencadeia internações hospitalares gerando uma medicina de mais alto custo.  Não quero dizer com isso, que vamos privilegiar uma medicina de baixo custo, mas sim privilegiar a sustentabilidade e antever os problemas”, disse.

Sobre saúde populacional, explicou. “Quando falo de saúde populacional quero dizer que não é apenas aquele atendimento no varejo, no indivíduo. É preciso se basear em dados epidemiológicos e para isso é necessário que esses dados estejam registrados. Portanto é fundamental que haja tanto a criação de sistemas que conversem entre si, de preferência com prontuários únicos para cada paciente de maneira que tenhamos um grande banco de dados”.

Ainda de acordo com ele é impossível falar em saúde populacional sem falar da análise desses dados, de Big Data, de utilização de inteligência artificial etc. “Estamos em 2019 e a gestão da saúde precisa entrar no século 21. Esse é um grande desafio principalmente por causa da estrutura física da rede que temos nas regiões mais inóspitas do país”.

Para ele a estruturação da tecnologia como algo trivial precisa chegar nas populações mais inóspitas para que elas comecem a fornecer dados que alimentem um banco de dados e a partir deles a inteligência artificial possa ser utilizada em favor da saúde.

E concluiu afirmando ser grande a expectativa em relação ao apoio do Conass nessas áreas. “Estamos otimistas porque precisamos reassumir o nosso papel de governança, enxergando o estado de forma integral e tendo uma visão macro da saúde”.

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