Goiás vai dobrar verba de município que acabar com Aedes

Secretaria de Saúde anunciou mudança com o intuito de incentivar os prefeitos no combate ao mosquito. Secretário garante que terá verba para pagar todos os municípios

O secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela anunciou na manhã desta quarta-feira (13/1) que irá dobrar a verba repassada para os municípios que acabarem com os focos do Aedes aegypti. A informação foi passada a prefeitos e secretários de saúde de 104 municípios, na Secretaria Estadual de Saúde (SES), durante reunião para preparação da força-tarefa de combate ao mosquito.

De acordo com o secretário, todos os meses a SES repassa R$ 15 milhões, distribuídos proporcionalmente às 246 cidades do Estado. A verba é destinada para ações primárias de saúde, como combate ao Aedes, realização de consultas e procedimentos básicos (vacinação, pré-natal, acompanhamento pediátrico).

Leonardo Vilela garantiu ao O POPULAR que a secretaria possui uma reserva de contingência para pagar os municípios. O secretário não espera que a maioria das gestões municipais consigam o feito. “Sabemos que nem todos os municípios vão conseguir fazer isso”, disse.

Entretanto, se muitas cidades, ou talvez todas, conseguirem acabar com os focos do Aedes, o secretário sustentou que o governador Marconi Perillo (PSDB) fez o compromisso de repassar todo o valor necessário. De acordo com ele, com o valor economizado com a diminuição de doentes, será perfeitamente possível pagar os prefeito. “Se tiver que pagar R$ 30 milhões, vou soltar foguete. Isso vai ser inédito e R$ 15 milhões a mais é pouco em comparação com o que a gente gasta e vai gastar com os doentes”, assegurou, pontuando que uma criança com microcefalia, por exemplo, gera muito gasto para o Estado.

O secretário anunciou também a mudança do Levantamento do Índice de infestação do Aedes aegypti (Liraa), índice do Ministério da Saúde. Agora, o município só terá índice satisfatório se não apresentar um foco do mosquito. De 0,01% a 3,99% é alerta e a partir de 4% é alto risco. Atualmente, no índice federal, até 1% é considerado satisfatório, de 1% a 3,99% é alerta e a partir de 4% é de alto risco.

Os municípios goianos serão avaliados conforme os novos índices em julho e em dezembro. A contrapartida de cada município que acabar com os focos do Aedes será dobrada nestes meses, após a finalização das quatro etapas da força-tarefa da SES.

Fonte: Ascom SES/GO