Embora com menos casos em relação ao ano passado, 2024 termina com mais de 8,6 mil registros e mais de 600 óbitos por SRAG. Vacinação e “etiqueta respiratória” são fundamentais para evitar a doença

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), orienta a população a aumentar os cuidados contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) neste fim de ano, época de festas e maiores aglomerações e contatos entre amigos, familiares e pessoas de outras regiões. O alerta é devido, também, aos números que, embora inferiores aos de 2023, ainda preocupam. Até o momento, são 6.869 casos registrados, contra 8.112 de todo o ano de 2023.
Os óbitos também caíram, mas seguem em nível de alerta: 668, entre os quais 100 por influenza e 198 por Covid-19. No ano passado, foram 864 registros confirmados, com 68 óbitos por influenza e 423 por Covid-19. “Os números melhoraram, mas ainda merecem toda a atenção, principalmente, neste período de festas”, reforça a titular da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Imunização (Suvisa) da pasta, Cristina Laval.
A preocupação da superintendente se deve, principalmente, ao fato de que uma das medidas mais eficientes na prevenção da influenza, que é a vacina e sua cobertura vacinal no Estado, continua longe do ideal, que é a partir de 95%. No caso da influenza, cuja vacina está disponível para toda a população com idade acima de 6 meses de idade, essa cobertura está em 47,45%. A imunização contra a influenza deve ser feita uma vez por ano.
Em Goiás, mais de 1,1 milhão de pessoas já tomaram as quatro doses da vacina contra a Covid-19. Mas ainda tem uma grande parcela da população que resiste a receber a dose dentro do calendário estipulado. Dra. Cristina Laval lembra que a vacina passou a fazer parte do calendário de vacinação das crianças – a partir de 6 meses e abaixo de 5 anos – além dos idosos e as gestantes que também entraram como rotina dentro do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde (MS). E, para adultos, está restrita a grupos específicos, como pessoas em situação de rua e privadas de liberdade, imunocomprometidas, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
A superintendente ressalta, no entanto, que há outros cuidados importantes a serem observados, principalmente no período de festas, como o fim de ano. São eles: higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão – na ausência desses, álcool gel 70% – evitar aglomerações, principalmente se a pessoa fizer parte de grupos de risco; não compartilhar utensílios de uso pessoal (garrafas, toalhas, copos, talheres e travesseiros, etc).
“Pessoas com sintomas respiratórios devem utilizar máscara respiratória, cobrindo a boca e nariz, e procurar atendimento médico – especialmente se forem crianças, gestantes, idosos e ou pessoas com comorbidades, assim que apresentarem os sintomas, para início oportuno do tratamento específico, quando indicado”, faz questão de destacar a superintendente da SES-GO.
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Foto: Iron Braz
Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás