IEDE é referência no tratamento de obesidade e transtornos alimentares

Serviço de Obesidade e Transtornos Alimentares existe há mais de 20 anos e atende pacientes que sofrem com obesidade, bulimia nervosa, anorexia nervosa, além daqueles que vão passar ou já passaram pela cirurgia bariátrica

Dados do Ministério da Saúde apontam que mais da metade da população brasileira adulta está com excesso de peso. A obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. No Estado do Rio, há mais de 26 anos, a Secretaria de Estado de Saúde oferece tratamentos para obesidade e os transtornos alimentares no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), no Centro, através do Serviço de Obesidade e Transtornos Alimentares (SOTA).

– Os ambulatórios do IEDE são pioneiros em diversos serviços. Oferecemos o tratamento para obesidade, síndrome metabólica e diabetes que é referência no Estado. A promoção da saúde e o controle de peso devem estar ao alcance de todos. Oferecer isso através da rede estadual de saúde é o nosso papel – disse o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama.

No serviço são oferecidos tratamentos para obesidade e vários outros distúrbios como anorexia nervosa, bulimia nervosa, compulsão alimentar, síndrome de Prader-Willi e também o acompanhamento antes e depois da cirurgia bariátrica. O ambulatório tem capacidade de atender em média 1.300 pacientes por mês e recebe pessoas de todo o Estado do RJ, que são encaminhadas ao hospital pela rede de atenção básica de saúde, através da Central Estadual de Regulação.

No IEDE a principal ferramenta contra esses transtornos é o trabalho em equipe. Todo o tratamento é baseado no acompanhamento multidisciplinar. O ambulatório conta com endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e educador físico.  A primeira consulta é sempre com o endocrinologista e após passar pela primeira avaliação geral, o paciente é encaminhado para as outras especialidades.  As consultas acontecem em média uma vez por mês. São oferecidos exames complementares, acompanhamento nutricional, orientação para exercícios físicos, terapia familiar e individual, e em alguns casos pode ser indicada a cirurgia bariátrica, que é realizada em outras unidades da rede pública. A estrutura conta com 13 salas de atendimento, além de um banheiro adaptado para atender as necessidades do grande obeso.  

– O acompanhamento com o endocrinologista, com o psiquiatra ou psicólogo e com a nutricionista é fundamental. Os pacientes com transtornos alimentares necessitam dessa equipe multidisciplinar, um único profissional não consegue abranger a complexidade desses transtornos. A mudança de hábitos, a alimentação, o controle das emoções e da compulsão alimentar, quando presente, são aspectos sempre em foco no tratamento. Em alguns casos, especialmente no caso de adolescentes, associamos a terapia familiar – explica a psiquiatra e coordenadora do Serviço de Obesidade e Transtornos Alimentares do IEDE, Silvia Freitas. 

O serviço oferecido no IEDE é referência no atendimento aos pacientes com obesidade e disponibiliza o acompanhamento antes e depois da cirurgia bariátrica.

– Aqui o paciente encontra um acompanhamento completo, com vários profissionais. Em alguns casos, quando não é possível a redução de peso através do tratamento clínico e da terapia, caso o paciente se encaixe no perfil, podemos encaminhá-lo para a cirurgia de redução de estômago. Nesses casos, ele também recebe o acompanhamento antes e após a cirurgia. Já tratamos aqui pacientes que fizeram a bariátrica há 10 anos e que voltaram a engordar por não terem um tratamento adequado. Também acolhemos essas pessoas aqui – destaca a endocrinologista e coordenadora do SOTA, Lívia Lugarinho Corrêa de Mello.

O instituto é também referência na rede pública no tratamento contra uma doença genética rara – a síndrome de Prader-Willi, que é a forma mais comum de obesidade de causa genética. O problema causa baixo peso nos primeiros anos de vida, atraso no desenvolvimento, transtornos no comportamento e a hiperfagia, um apetite insaciável que pode evoluir para obesidade de difícil controle. Além disso, também estão disponíveis o tratamento para o controle de anorexia e da bulimia. Para os pacientes mais graves, o hospital também disponibiliza internações em enfermaria.

Paciente do IEDE há 19 anos, a dona de casa Maria Batista de Souza, tem no instituto uma referência para o tratamento de alguns problemas de saúde que teve ao longo da vida. Contra a obesidade, há um ano e meio ela passou pela cirurgia bariátrica e agora faz o acompanhamento pós-cirúrgico também no hospital.

– Aqui no Instituto eu encontrei nos profissionais verdadeiros amigos. Tive diabetes por anos e consegui controlar com a ajuda da equipe. Também fiz acompanhamento por muito tempo contra a obesidade. Mas como não consegui emagrecer, tive que fazer a redução de estômago que foi realizada no Hospital Carlos Chagas. Agora, depois de um ano de operada, continuo indo ao IEDE para manter a saúde e me cuidar, pois não posso voltar a engordar. Só aqui encontrei esse tipo de apoio – disse Maria Batista.

Crédito das fotos: Everton Barsan

Assessoria de Imprensa SES/RJ

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